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Para celebrar o Dia do Jornalista, um vídeo contra Fake News

Os jornalistas Gilberto dos Santos e Eduardo Pincigher produziram um vídeo com dicas para reconhecer as Fake News. Neste 7 de abril, em que se comemora o Dia Internacional da Saúde e o Dia do Jornalista, em plena Pandemia da Covi19, o tema é mais que apropriado na medida em que as redes sociais parecem contaminadas com o vírus das notícias falsas

O Dia 7 de abril comemora o Dia Internacional da Saúde e o Dia do Jornalista. Particularmente neste ano, essas datas estão intimamente relacionadas, na medida em que o mundo vive a terrível realidade da Pandemia da Covid19 e, ao mesmo tempo, nunca dependeu tanto da capacidade da imprensa em levar aos cidadãos informações corretas e atualizadas sobre os acontecimentos.

À sombra desta realidade, no esteio das redes sociais, as chamadas Fake News ganharam enorme dimensão, alimentadas, sobretudo, pelas crescentes divisões ideológicas, aliás, um fenômeno que não é exclusividade nacional, mas, sem dúvida, muito presente no continente americano.

No Brasil, os frequentes questionamentos de amigos sobre o que era ou não verdade nas redes sociais, chamou a atenção do jornalista Gilberto dos Santos. Ele mesmo se disse intrigado com a “qualidade” das falsas notícias, às vezes coladas em imagens de plataformas de imprensa, que chegavam a confundir até mesmo o olhar mais crítico e experiente. “Eram amigos preocupados com a veracidade ou não do conteúdo de vídeos, áudios e mensagens recebidas pelas mídias sociais nesse momento de grande confusão de informações”. Surgiu, então a ideia de produzir um vídeo contra as Fake News reunindo um conjunto de orientações sobre o tema com a participação de vários jornalistas que, por profissão, têm um compromisso sério com a veracidade da notícia e, por isso, desaprovam todo compartilhamento de informações falsas.

A ideia foi compartilhada com Eduardo Pincigher, sócio de Gilberto dos Santos, na Expert & Cia, que também é jornalista e consultor de comunicação, que gostou da ideia e sugeriu, também, a participação de executivos de comunicação, para reforçar a iniciativa. 

Produzimos um resumo com algumas dicas sobre como identificar e o que não fazer com as Fake News e compartilhamos o material com o jornalista Ricardo Ribeiro, pesquisador e especialista em desinformação, que reside atualmente em Portugal, que avaliou bem o conteúdo e contribuiu com sugestões”, conta Gilberto. 

O passo seguinte foi dar voz àquelas orientações e, para tanto, foram convidados jornalistas e executivos de comunicação com grande prestígio e credibilidade no mercado para que cada um deles desse a contribuição do seu depoimento, gravando um vídeo com as respectivas orientações. “Para nossa satisfação, o vídeo ganhou uma boa repercussão, mostrando que a missão e a credibilidade dos jornalistas, mais do que nunca, continua sendo fundamental para esclarecer e orientar a população especialmente em tempo de confusão e desorientação global”, concluiu Gilberto dos Santos.

Para Eduardo Pincigher, mais do que o seu caráter educativo, o vídeo traz um alerta sobre a importância da preservação da liberdade de imprensa e de expressão, independentemente da corrente política de plantão. "Curiosamente, a ideia sobre esse vídeo de combate às Fake News nasceu em 1º de abril. Em tempos bicudos como o que vivemos, em que jornalistas são desmoralizados por correntes políticas populistas, o vídeo pontua, sem meias-palavras, os danos à sociedade quando se espalha conteúdo falso e a relevância que deve haver em propagar somente notícias com origem idônea. E que nenhum dia da mentira tem graça quando se dissemina conteúdo que fere a reputação de pessoas, instituições, empresas, marcas ou produtos. O populismo passa. O jornalista fica".

Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação foi popularizada. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo Fake News durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente.

Naquela ocasião, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton.

Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital. No entanto, além da finalidade puramente comercial, as Fake News podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.

É isso o que acontece, por exemplo, durante períodos eleitorais, nos quais empresas especializadas criam boatos, que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários. O Departamento de Justiça Americano denunciou três agências russas, afirmando que elas teriam espalhado informações falsas na internet e influenciarem as eleições norte-americanas de 2016.

Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público. Clique aqui para assistir ao vídeo.