Fabio Salles
Da esq. para dir.: Marcelo Molnar, Pâmela Vaiano e Rodrigo Cogo participaram do painel sobre métricas na Comunicação Corporativa, que aconteceu na 27ª edição do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas
Seguindo com a programação desta 27ª edição do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, o primeiro painel que abriu essa tarde de palestras e troca de conhecimentos trouxe para o centro das discussões a questão das métricas na Comunicação Corporativa.
No âmbito da Comunicação – assim como em qualquer outro setor de uma empresa – as métricas podem ser definidas como medidas brutas e de simples composição que são essenciais para o processo analítico de resultados. Em outras palavras, elas são a base para a constituição dos chamados “indicadores de desempenho”, que podem se apresentar de diversos formatos, tais como valor, quantidade, peso e volume.
Vale ressaltar também que as métricas são responsáveis por desfazer qualquer visão subjetiva que se tem da área, uma vez que, por meio delas, é possível ir além da qualificação, quantificando os resultados ou até mesmo entendendo, de uma maneira mais concreta, os motivos pelos quais eles não foram alcançados.
Hoje em dia, quando se fala em métricas, logo nos vêm à cabeça a chamada “tela preta”, que pode ser traduzida como “prompt” – conjunto de palavras que ajuda a gerar o conteúdo produzido pela inteligência artificial generativa – uma vez que o tema está intimamente ligado à IA.
Rodrigo Cogo, Diretor e Curador do Sinapse Conteúdo de Comunicação em Rede, no comando da mediação do painel, abordou essa questão com os palestrantes convidados, a qual a “tela preta” revela a contribuição da Comunicação Corporativa para reputações e negócios.
Passando a palavra para Marcelo Molnar, Sócio-Diretor de Inovação e Desenvolvimento de Novos Negócios da Boxnet, as métricas na Comunicação estão intimamente ligadas às análises de superfície e à IA, que consiste no método e tecnologia para mapear as interações das informações e opiniões entre as redes sociais e as mídias sociais.
“A IA na Comunicação nos permite ir além, pois nos ajuda a fazer coisas que antes não era possível ou nem se pensava. Ela nos permite entender a intencionalidade da informação”, afirmou Molnar.
Ainda segundo o executivo, a intencionalidade existe em cinco diferentes formas. São elas: Informativa (compartilhar conhecimento); Persuasiva (influenciar o público); Manipuladora (distorcer a realidade); Entretenimento (divertir); Social (promover mudanças sociais).
“Quando pensamos em métrica, é preciso pensar também nas mudanças pelas quais o mundo está passando. A tecnologia – seja ela qual for – precisa ser usada de maneira correta e isso só é possível com muito estudo e análise”, concluiu Marcelo Molnar ao encerrar sua apresentação.
Com a palavra, Pâmela Vaiano, sócia e Superintendente de Comunicação do Itaú Unibanco, já abriu sua apresentação afirmando que a Comunicação como parte do negócio é algo volátil, em constante transformação, antenada e sistêmica.
Antigamente, a Comunicação estava muito ligada à capacidade de se relacionar. Hoje em dia, mais do que isso, ela está na capacidade de entender o momento da empresa e qual o papel da Comunicação. E não há como fazer isso sem dados.
Antigamente, a Comunicação era pensada no formato do mapa dos stakeholders, no qual consistia na empresa ao centro e o mundo ao redor. Porém, considerando o cenário atual em que estamos vivendo, cada vez mais digital e tecnológico, as empresas precisam não apenas investir em transformação digital e processos, mas também mudar a visão em relação à Comunicação e seu papel estratégico nos negócios. É preciso focar nas pessoas, ouvir os seus feedbacks e, a partir daí, desenvolver estratégias de comunicação eficazes que gerem reputação e resultados aos negócios. Sem mensuração de resultados, não há gestão. Só assim é possível saber se a empresa está no caminho certo.
Ainda segundo Pâmela, a Comunicação precisa ocupar um espaço na área de tradução do que o mundo pede, mesmo que não seja uma tarefa fácil. “Eu realmente acredito que a Comunicação cresce em tempos duros, em tempos de cólera, pois poucas áreas têm a capacidade de entender o clamor dos clientes, dos stakeholders e elaborar estratégias eficientes para os negócios”, comentou.
“A nossa principal missão como Gestores de Comunicação é lutar pelo nosso espaço à mesa, e isso só será possível por meio do uso de dados”, concluiu Pâmela.
Em suma, as métricas são responsáveis por desfazer qualquer visão subjetiva que se tem da área, uma vez que, por meio delas, é possível ir além da qualificação, quantificando os resultados ou até mesmo entendendo, de uma maneira mais concreta, os motivos pelos quais eles não foram alcançados.
A 27ª edição do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas tem como tema central “O novo patamar da Comunicação Corporativa no Brasil: Avanços, Desafios e Tendências”. O evento acontece entre os dias 29 e 30 de agosto, na Unibes Cultural, em São Paulo.
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