Anunciantes e agências negociam alternativas para manutenção dos negócios, ainda que isso possa significar redução no volume de serviços oferecidos
Pesquisa realizada pela ABRADi – Associação Brasileira dos Agentes Digitais, junto aos seus associados de todo o Brasil apontou que 80% dos agentes já tiveram pelo menos um contrato de prestação de serviços com escopo de trabalho reduzido, outras 17% das empresas acusaram um golpe ainda mais duro com mais de quatro contratos renegociados desde o início da crise. O número de agentes com contratos cancelados foi significativamente menor – 54% – o que demonstra que os anunciantes e agências estão negociando alternativas para manutenção dos negócios, ainda que isso possa significar uma expressiva redução no volume de serviços oferecidos.
Como consequência da pandemia, 62% das empresas projetam uma redução entre 10% a 30% no faturamento de abril. Os agentes de menor porte por sua vez esperam um cenário mais pessimista, mais de um terço dos associados com menos de 30 funcionários acredita que o impacto neste período será superior a 30%, o que tornaria sua sobrevivência financeira ainda mais crítica.
Mas, nem todos os serviços digitais estão sendo impactados da mesma maneira. Cortes mais significativos foram apontados na produção de vídeos e no agenciamento de mídia digital. Por outro lado, os próprios agentes enxergam oportunidades em serviços de e-commerce e de social media, o que indica que a diversificação do portfólio de serviços pode ser uma alternativa viável para contornar os efeitos da crise. Todas as marcas estão buscando alternativas para aumentar a presença digital e a digitalização dos seus produtos e serviços. A transformação digital que antes era uma estratégia de negócios, agora é uma estratégia de sobrevivência. Os agentes digitais que ajudarem as empresas a cruzarem este caminho, poderão construir novos negócios durante a crise.
Outro dado importante apontado neste levantamento é que os agentes estão resistindo ao corte de funcionários, apesar de já estarem sob os efeitos negativos da crise. Para 85% dos participantes da pesquisa, demissões em seus quadros ainda não está sendo considerada, e apenas 6% demitiram mais do que quatro colaboradores. Este efeito pode ser avaliado sob dois ângulos distintos: 1º) as empresas estão fazendo contas e perceberam que pode custar mais caro demitir seus talentos e posteriormente ter que substitui-los; 2º) os agentes digitais e as empresas dos demais setores produtivos estão conscientes do papel social do empregador na busca pela manutenção do trabalho para enfrentamento da crise.
O estudo divulgado pela ABRADi ouviu 54 agentes digitais, entre os dias 3 e 8 de abril. Confira o documento completo: Clique aqui para ver o estudo completo.