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Em meio à tempestade, resiliência e retomada

Maria Priscila Nabozni aborda em seu artigo o cenário em que se encontra a agência, devido ao coronavírus, e seu impacto na carteira de clientes

Maria Priscila Nabozni, diretora-geral da MAPA360

Como agência de comunicação full service, mas com muita experiência (e contratos) na indústria do turismo, temos acompanhado a COVID-19 praticamente desde sua chegada, no do final de 2019, com mais atenção, é verdade, a partir da primeira quinzena deste ano. 

Seu anúncio como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, mudou a lógica de todos os segmentos econômicos. 

De lá pra cá, o que aconteceu todo mundo já sabe: dezenas de países fechando suas fronteiras terrestres e seus espaços aéreos, governos, estados e prefeituras do Brasil anunciando medidas como a interrupção de comércios e de eventos, o fechamento de escolas e o necessário isolamento social. Em que pese o fato da importância destas ações para a manutenção do bem mais precioso – a vida –, estas são decisões que têm impacto econômico e social também já conhecidas, como demissões, reduções salariais e fechamento de empresas, particularmente as pequenas e médias, ou as nichadas. 

Também é preciso reforçar que as pessoas estão vendo uma avalanche de lições humanitárias e praticando mais a solidariedade: dos grupos de WhatsAPP nos prédios para troca de alimentos e/ou compra solidária, passando pelos músicos na Itália ou nos condomínios de prédios em São Paulo (SP), pelas ações de grandes companhias, pelo apoio ao produtor local, pelas lives musicais e até pela leitura de cartinhas de alunos de um colégio privado de Ponta Grossa (PR),o Colégio Sepam, para crianças em situação de risco e vulnerabilidade social: tudo isso mostra que, felizmente, o humano está mais humano. 

Tendo a prática de gestão de crise como uma das especialidades da casa, diante de tudo isso, o fato é: foi preciso uma equipe muito preparada técnica e emocionalmente para passar pelos 30 dias mais turbulentos da história da agência, criada há 18 anos. A cada dia um novo ritmo era estabelecido porque a situação, claro, mudava com a evolução do quadro e a tomada de decisão das empresas, muitas delas internacionais e impactadas antes das brasileiras. Gerimos mais de 30 Planos de Contingência com diferentes situações em mais de uma dezena de segmentos econômicos que incluem educação, varejo, saúde, logística e turismo: todos, absolutamente todos foram impactado e tiveram seus negócios alterados em 10 ou 15 dias. Trabalhamos mais de 15 horas por dia, olhamos para os diferentes públicos, nos colocamos no lugar no empresário que nos contrata (inclusive esquecendo o impacto em nossa própria empresa), de seus funcionários e de seus clientes.  

Passamos (infelizmente, não incólumes) por essa onda. Mas seguimos firmes e resilientes. 

Aliás, resiliência é minha palavra-chave pessoal e empresarialmente. E, exatamente por isso, em meio à tempestade, há uma semana resolvi dar uma guinada em nossa estratégia como agência. Engajando o grupo de líderes e todos os nossos funcionários, iniciamos nossa estratégia de retomada. De um lado, mantivemos nosso radar e nossa operação a serviço dos clientes. De outro, nos focamos em soluções imediatas e acionamos nosso próprio Plano de Contingência – no mesmo formato daquele disponibilizado aos dirigentes e gestores das organizações que atendemos.  

A velocidade e o preparo que oferecemos aos nossos clientes também nos foram aplicados e o resultado já pode ser observado com a conquista de contas e de jobs pontuais, reabertura de canais de prospecção, projetos sendo imputados nos clientes regulares e novos serviços e produtos sendo oferecidos ao mercado. 

Sabemos que há muito trabalho a ser feito e, neste momento, estamos focados no pós-crise, buscando outras fontes – mais amplas – para nos projetarmos técnica, social e empresarialmente lá na frente. 

Nós não paramos. Nós não nos permitimos paralisar.  

Pelo contrário, nós vamos nos reinventar todos os dias se for preciso porque sabemos que não adianta usar fórmulas do passado para um novo presente e para um futuro ainda incerto. O que sabemos é que este futuro também nos pertence. 

Autor: 85