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“Quando se comportam de maneira assertiva ou autoritária, podem ser rotuladas como 'mandonas' ou 'agressivas', enquanto comportamentos mais colaborativos e empáticos, que também são vitais para uma liderança eficaz, podem ser interpretados como fraqueza. Esses estereótipos prejudicam a construção de um ambiente de negócios inclusivo, no qual as qualidades individuais possam se manifestar sem limitações impostas pelo gênero”, pontua Carolina Valle Schrubbe
Em um cenário corporativo cada vez mais globalizado e dinâmico, a presença de mulheres em posições de liderança tem sido um dos pilares da inovação e da transformação das organizações. Segundo o Panorama Mulheres 2023, um estudo feito pelo Talenses Group com o Insper, o número de mulheres ocupando cargos de presidência cresceu no Brasil, passando de 13% em 2019 para 17% em 2022. Apesar dos avanços, o número ainda é baixo e o preconceito de gênero permanece como um obstáculo significativo, influenciando a forma como as mulheres são vistas e as oportunidades que recebem.
O conceito de liderança continua sendo frequentemente associado a comportamentos considerados "masculinos", como autoridade e objetividade, enquanto as mulheres são muitas vezes estigmatizadas por características como empatia e sensibilidade. “Isso resulta em um viés cognitivo inconsciente que diminui as chances de mulheres em cargos de liderança, mesmo quando elas possuem as mesmas qualificações e habilidades que seus colegas homens”, explica a fundadora da QUARE e especialista em desenvolvimento de pessoas, Carolina Valle Schrubbe.
De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança têm 20% mais chances de melhorar seus resultados financeiros. Uma pesquisa da Harvard Business Review complementa essa perspectiva, destacando que mulheres líderes superam os homens em 12 das 16 competências-chave de liderança, como integridade, empatia e iniciativa.
Um exemplo disso é a QUARE, uma empresa de desenvolvimento de líderes fundada em 2021 que conta com clientes em nove Estados brasileiros e mais de 30.000 horas de desenvolvimento de líderes, a empresa é dirigida por Carolina Valle Schrubbe, executiva especialista em desenvolvimento de pessoas. Carolina possui formação executiva pela Fundação Dom Cabral, e também é coach executiva pela Marshall Goldsmith Group (MGSCC) e Global Coach Group (GCG). Além disso, possui mais de 15 anos de experiência corporativa, 14 anos em liderança com cargos de gestão e 13 anos de experiência desenvolvendo líderes e seus times.
Para desconstruir esses preconceitos e promover uma liderança mais equitativa, a educação e a capacitação das lideranças são essenciais e ajudam a reduzir as barreiras enfrentadas pelas mulheres, permitindo que possam ocupar cargos de liderança com a confiança de que suas competências são reconhecidas e valorizadas. “Treinamentos baseados em práticas como sessões de conscientização, estudos de casos reais e simulações práticas ajudam a evidenciar como esses vieses influenciam decisões de contratação, promoção e gestão de equipe”, afirma Carolina.