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Rappi lança SOS Justiceiras

Rappi lança, no seu aplicativo, o botão SOS Justiceiras para ser acionado por mulheres vítimas de violência doméstica com assistência jurídica, psicológica, saúde e assistência social

De acordo com o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal, do Ministério Público de São Paulo tem havido aumento de medidas protetivas em caráter de urgência no período da pandemia

A violência contra a mulher é um problema grave no Brasil, que ganhou ainda mais intensidade com a pandemia causada pela Covid-19, obrigando as pessoas a estarem reclusas dentro de suas casas e, portanto, deixando as mulheres ainda mais expostas à agressão. O número de medidas protetivas e casos de prisão em flagrante devido a casos de violência doméstica cresceu em março quando comparando ao mês anterior. E foi pensando em oferecer ajuda à essas mulheres que a Rappi lançou o botão SOS Justiceiras, que pode ser acionado a partir do próprio aplicativo. “Queremos que o maior número possível de mulheres saiba que podem contar com essa ferramenta de ajuda. Além disso, acreditamos que, com iniciativas assim, podemos ajudar a inibir esse tipo de crime, infelizmente tão comum”, diz Taissa Scvirer, Squade Leader Rappi Brasil.

O botão SOS Justiceiras, dentro do aplicativo da Rappi, vai funcionar da seguinte forma: a mulher vítima de violência, ao clicar no botão, é direcionada para um formulário simples, onde será feita uma pequena triagem para que os profissionais de apoio conheçam a situação. Em seguida, uma das voluntárias do projeto (hoje já são 2 mil) entra em contato via Whatsapp, iniciando assim toda a conversa. 

A rede de apoio do projeto Justiceiras é composta por profissionais das áreas jurídica, psicológica, saúde e assistência social, que se engajaram na iniciativa e se colocaram à disposição para prestar orientações nos âmbitos jurídicos, psicológicos, médicos, assistência social e, ainda, oferecer acolhimento para apoiar mulheres. Por isso, a ação vem acompanhada da #NãoÉSóDenunciar, ou seja, mostrando que se trata de uma iniciativa muito mais ampla: a mulher vítima da violência encontra, através do SOS Justiceiras, suporte em todo esse processo, um trabalho voluntário de pessoas reais. “Diante de uma agressão, o que fazer? Quem procurar? Para quais locais a vítima deve se dirigir? É possível pedir ajuda sem sair de casa? Estas e outras perguntas são respondidas pelas justiceiras. Elas estão a postos para informar e, principalmente, apoiar e empoderar essas mulheres que chegam em situação de violência doméstica. Aquelas que, muitas vezes, antes da denúncia, precisam ser fortalecidas e encorajadas”, explica a Gabriela Manssur, promotora de Justiça, integrante do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público do Estado de São Paulo (GEVID) e gestora do blog Justiça de Saia.

Situação crítica

No mês de março, de acordo com o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim), do Ministério Público de São Paulo, foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência, enquanto, no mês anterior, em fevereiro, foram 1.934. Houve também o aumento no número de prisões em flagrante devido a casos de violência doméstica. Em fevereiro, foram registradas 177 prisões, em março este número subiu para 268 detenções. Ainda de acordo com o projeto SOS Justiceiras, inúmeras são as causas que geram as agressões no ambiente doméstico. O próprio momento já induz à ansiedade, tensão, nervosismo e apreensão. Além da preocupação em não poder sair de suas casas, alguns estão perdendo seus empregos, outros reestruturando suas rotinas e muitos reorganizando sua estrutura econômica. Motivos que podem levar ao descontrole emocional, refletindo em atos violentos a quem está ao seu redor.