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Leila Gasparindo: “Abrimos uma área de pesquisa e diagnóstico, que nesse último ano desenvolveu uma nova metodologia exclusiva, a Radar Employer Branding, para melhorar o desempenho e o posicionamento de marca empregadora de nossos atuais e futuros clientes”
A transformação digital foi um dos principais vetores que afetaram empresas e carreiras no cenário global. Fatores sociais também impulsionaram demandas, como a diversidade e a inclusão dentro das empresas ou de consumidores buscando por marcas alinhadas a um propósito. Ou seja, hoje o papel da comunicação corporativa não se restringe à divulgação, mas abrange a escuta e o diálogo constantes com os públicos, incluindo a identificação de como a marca pode realmente entregar valor.
Há cinco anos tivemos a visão de que as marcas que adotassem estratégias, visando estabelecer um diálogo 360º com as mais variadas audiências, seriam percebidas de maneira diferenciada, inclusive com maior capacidade de atrair talentos. Por isso, criamos uma metodologia exclusiva de construção de narrativa 360º, que já foi aplicada com sucesso em mais de 60 empresas. O resultado veio e dobramos de tamanho entre 2019 e 2023 em número de colaboradores e clientes, ofertando um portfólio integrado de relações públicas, comunicação interna e endomarketing e comunicação digital.
Com mais de 28 anos de atuação, em 2023 tivemos também o prazer de conquistar três prêmios Jatobá com o case do Unicef, incluindo o de Case do Ano. Além disso, ganhamos 30 novos clientes, entre eles, oito dos setores farmacêuticos, hospitalar e de saúde, permitindo-nos criar uma divisão especializada na área.
Tudo isso foi também sustentado por um investimento em tecnologia e treinamento. Aumentamos nosso investimento nesses dois itens de 5% para 15% do nosso faturamento. Criamos uma plataforma de relatórios integrados e treinamos e certificamos mais uma equipe inteira para atuar com Relatórios GRI (Global Reporting Initiative).
Constatamos que nossos clientes exaltam as pessoas como o recurso mais importante, e/ou suas marcas como seus maiores ativos. Acreditamos que nutrir ambos passou a ser o mais relevante passo na gestão da reputação. Essas disciplinas jamais deveriam ser tratadas de forma separada. RH e reputação de marca deveriam estar em uma única estrutura conceitual. E, portanto, isso deveria estar na agenda de prioridades de universidades, empresas e agências de comunicação.
Por esse motivo, abrimos também uma área de pesquisa e diagnóstico, que nesse último ano desenvolveu uma nova metodologia exclusiva, a Radar Employer Branding, para melhorar o desempenho e o posicionamento de marca empregadora de nossos atuais e futuros clientes.
Acreditamos ainda que as grandes mudanças do mundo do trabalho serão ainda mais intensas nos próximos anos, exigindo das marcas investimento contínuo em comunicação, pesquisas e diagnósticos. De acordo com a pesquisa global Workforce Hopes and Fears Survey 2023, da PwC, a força de trabalho global quer estar em empresas longevas, prósperas e inovadoras, além de ter melhor remuneração, mais oportunidade de crescimento e mais significado no trabalho. Para ajudar as empresas a construir e avaliar o seu EVP (Employee Value Proposition), fazemos a difícil pergunta se a cultura da empresa faz com que o colaborador se desconecte.
Assim, mostramos que fazer um diagnóstico irá ajudar a compreender como a cultura da empresa é única. Para colocar em prática uma estratégia de marca empregadora é necessário medir a percepção não só das recompensas materiais e monetárias, como também dos sentimentos de pertencimento, direção e propósito. Só assim é possível criar um plano de comunicação com ações coordenadas de comunicação interna/endomarketing, comunicação digital e relações públicas capaz de impactar a reputação da marca.
Por enquanto o mercado coloca tudo em gavetas separadas, contratando vários fornecedores. O fato é que as marcas têm sido cobradas por mudanças e o desalinhamento de narrativas tem sido cada vez mais sensível para a reputação.