Logo Logo Logo Logo Logo

Cada vez mais baianos!

Divulgação

Graziella Garcia: Base de clientes da agência de Salvador continua sendo formada, majoritariamente, por marcas não-baianas e não-nordestinas, que desejam conectar-se aos modos de falar, pensar, agir e se comunicar daqueles que vivem na região

Em 2024, chegaremos a uma marca importan­te: três décadas de existência da Comunic. ativa. Foi em maio de 1994 que a empresária Fátima Martins abriu uma agência de comunicação na Bahia, já com um olhar atento aos mercados centrais no Brasil e fora dele. A agência já era resultado de experiências anteriores levadas à frente por Fátima e outros sócios, mas os caminhos do mercado a levaram a criar a empresa que hoje, 30 anos depois, segue viva e vibrante com três jovens sócios que dão continuidade à empresa, respeitando o legado e valores compartilhados.

Quase como uma celebração dessa data sim­bólica, fomos escolhidos no ano passado como vencedores do prêmio TOP Mega Brasil, como Melhor Agência do Nordeste, e saímos vencedores também do Prêmio Jatobá PR, com o melhor case da nossa região, criado em parceria com a VINCI Airports, empresa que administra o Aeroporto de Salvador e é cliente da agência desde 2018!

Para nós, foi inevitável revisitar nossa trajetória e perceber o quanto nosso olhar foi ficando cada vez mais conectado à realidade da nossa região, à di­nâmica da economia das cidades e estados com os quais dialogamos tão intensamente todos os dias. É curioso pensar que, em 1994, tudo o que querí­amos era “entregar do mesmo jeito que São Paulo entregava”. Nosso esforço inicial nos primeiros anos era alinhar protocolos, procedimentos e processos às agências parceiras nacionais e internacionais que nos convidavam para integrar projetos com marcas gigantescas. O objetivo era que os clientes, majoritariamente situados no eixo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, encontrassem na Bahia um par­ceiro apto a falar a mesma língua que eles. E, sim, isso foi e ainda é essencial para a confiabilidade que agências localizadas em regiões periféricas do Bra­sil precisam ter para se tornarem longevas.

Contudo, hoje, 30 anos depois, é interessante perceber que a atividade de PR, ou simplesmente assessoria, é talvez a única que tenha resistido à tentação da centralização de decisões a partir de grandes mercados. Sim, nem toda grande marca que atua no Nordeste ou no Norte tem assessorias regionais. Mas toda marca que quer ser relevante e autêntica nessas regiões não pode prescindir de um parceiro regional que conheça a realidade profun­damente diversa e complexa das regiões brasileiras.

Nossa base de clientes continua sendo for­mada, majoritariamente, por marcas não-baianas e não-nordestinas, que desejam conectar-se aos modos de falar, pensar, agir e se comunicar da nossa gente. Passada a fase de alinhamento de processos, o que vem ficando cada vez mais forte é a capacidade de traduzir histórias, revelar deta­lhes da nossa cultura e a capacidade de criar nar­rativas orgânicas, valorizando aspectos do mesmo assunto que merecem estar nos títulos e lides dos press-releases disparados por aqui.

Para nós, graças ou não a Beyoncé(rsrs), nunca foi tão relevante ter a dimensão concreta do que significa fazer comunicação na cidade mais preta fora da África. Jamais foi tão valorizado entender as diversas dimensões do conceito de baianida­de. Ninguém consegue mapear influenciadores e creators daqui como nós e não há como calcular o tempo economizado ao escolher uma agência baiana para conversar com veículos da Bahia.

Por isso, estamos felizes de ocupar esse espa­ço nobre para reafirmar nossa alegria em sermos cada vez mais baianos.