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Diversificação e agilidade são essenciais

Divulgação

Gustavo Diamantino: O que nos diferencia é que, além de sermos full service, mantivemos nosso modelo de negócios como agência-butique, que nos permite criar e atender a demandas com maior agilidade e flexibilidade

Quando convidado a escrever para o tradicio­nal – e essencial – Anuário da Comunicação Corporativa, para refletir e comentar os as­pectos mais importantes da nossa atividade, uma pergunta instantaneamente me veio à cabeça: o que fez a diferença para a Press à Porter no ano que se passou? Parte da resposta está, na verda­de, no que tem feito a diferença para a agência ao longo dos últimos anos.

Refiro-me à diversificação de portifólio de ser­viços. Nós enxergamos a transformação do setor há muito tempo e nos capacitamos para ser efeti­vamente uma agência de comunicação full servi­ce. Nossos negócios cresceram exponencialmente nos últimos anos em áreas como digital, produção audiovisual e, mais recentemente, treinamentos. Atualmente, uma parcela significativa dos projetos é comunicação integrada, o que nos torna uma ex­tensão direta das empresas-clientes.

Essa é uma tendência que deve ser ainda mais ampliada no futuro. O relatório PR Scope de 2022 apontou que 58,3% das empresas entrevistadas que contratam serviços de comunicação tinham o desejo de trabalhar com agências integradas.

O que nos diferencia é que, além de sermos full service, mantivemos nosso modelo de negócios como agência-butique, que nos permite criar e atender a demandas com maior agilidade e flexibi­lidade. Essa combinação de diversificação e aten­dimento sob medida tem sido fundamental para mantermos uma relação tão longeva com nossos clientes.

Essas competências, a propósito, são deman­dadas pelas empresas às agências e, por conse­quência, aos profissionais. Uma recente pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), com 128 líderes de comuni­cação, identificou adaptabilidade e agilidade entre as dez habilidades mais necessárias aos comuni­cadores.

Outro tema relevante que mencionei anterior­mente e que gostaria de trazer em destaque é o de treinamentos. Não me refiro exclusivamente ao tradicional media training. Sim, o treinamento para porta-vozes continua sendo de extrema im­portância na nossa atividade, sobretudo porque o que capacitava para falar com imprensa, via en­trevistas ou coletivas, hoje prepara executivos para diferentes contextos, canais em um ambiente mui­to mais polarizado, onde qualquer frase pode sair do contexto.

Vivemos em um modo de transparência e on the record ininterrupto, o que obriga todo profis­sional, independentemente de sua posição, a estar preparado para o que disser ou escrever. No ano passado, nosso social media training foi aplicado a centenas de pessoas de todos os níveis dentro de diversas empresas. Outro treinamento em que apostamos e que deu muito certo foi o curso de comunicação para companhias abertas, ou seja, empresas que têm ações negociadas em bolsa e que exigem dos times que integram a comunica­ção um total entendimento de processos, regras e momentos de se comunicar ou não. Todos esses cursos são adaptados sob demanda e disponíveis para clientes e não clientes.

Um último aspecto em que jogo luz é o da di­versidade, talvez o atributo de maior orgulho que cultivamos na Press à Porter. Quando falo em di­versidade, aceno para o sentido mais amplo da palavra. Para nós, tão importante quanto ter, por exemplo, 60% de lideranças femininas, é poder trabalhar com pessoas que trazem diferentes ex­periências sociais e de vida. Observamos que o modelo de trabalho híbrido, iniciado na pandemia e que se perpetuou ao longo do tempo, contribuiu diretamente para esse movimento.