O AMPRO Live Talks Online abordou especialmente sobre como a Secretaria e o Governo do Estado estão se movimentando pela retomada segura do setor de Eventos, além de tratar a respeito das medidas propostas para socorro financeiro das empresas e dos profissionais autônomos ligados ao setor
O Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de SP, Sergio Sá Leitão, antecipou no final da tarde do último dia 21, em entrevista online com o presidente executivo da AMPRO – Associação de Marketing Promocional, Alexis Pagliarini, a autorização para o retorno das atividades de alguns segmentos ligados à indústria de Eventos e de Cultura, como a produção audiovisual, as agências de marketing e publicidade, a produção de espetáculos, bem como os novos projetos de drive in. De acordo com Leitão, estão sendo elaborados 15 propostas de cronograma e protocolos para a retomada segura de atividades ligadas a esses setores e os quatro primeiros deverão ser anunciados na próxima semana pelo Governador de São Paulo, João Dória.
“Estamos trabalhando em mais 11 cronogramas de retomada que precisam levar em consideração dois parâmetros: o ‘Dia D’ da retomada, quando tivermos 14 dias de queda sustentada do número de novos casos do coronavírus, e a taxa de ocupação das UTIs em 60% - hoje estamos com mais de 90%. Temos expectativa de que o pico de contágio da doença seja breve e, a partir de então, a queda”, afirmou o Secretário.
O AMPRO Live Talks Online abordou especialmente sobre como a Secretaria e o Governo do Estado estão se movimentando pela retomada segura do setor de Eventos, além de tratar a respeito das medidas propostas para socorro financeiro das empresas e dos profissionais autônomos ligados ao setor. Com movimentação de mais de R$ 960 bilhões anuais no país, a indústria de Eventos é uma das que mais impacta a economia nacional, com geração de 25 milhões de empregos diretos e indiretos.
“Fizemos um levantamento e temos, só no Estado de São Paulo, cerca de 1,5 milhão de pessoas que trabalham no setor criativo. Destes, 1 milhão são pequenos PJs ou autônomos. O governo tem total clareza do impacto devastador desta crise para os profissionais e empresas destes segmentos. Identificamos que o setor deve ter uma perda de R$ 34,5 bilhões, estamos falando em menos 1,7 no PIB de São Paulo só nessa área”, pontuou Sá Leitão.
A respeito das medidas de apoio, o secretário citou a disponibilização das duas linhas de crédito, via Desenvolve SP, para empresas com faturamento anual até R$ 10 milhões, e pelo Banco do Povo, para empresas com faturamento anual até R$ 360 mil. “A ideia foi dar suporte às empresas e, indiretamente, ajudar os profissionais. O que ocorreu foi que a demanda superou em mais de 30 vezes os recursos que conseguimos colocar nessas duas linhas. Foram R$ 500 milhões iniciais pela Desenvolve SP e outros R$ 200 milhões pelo Banco do Povo, que se esgotaram muito rapidamente. Em abril e no início de maio, nos dedicamos a buscar mais recursos fora do estado – que também ficou descapitalizado com queda de 30% na arrecadação de impostos. Temos um pleito de R$ 1,5 bilhão ao BNDES, dos quais conseguimos mais R$ 164 milhões, e seguimos tentando capitalizar junto a outras fontes”, afirmou.
Sobre os protocolos que serão anunciados para a retomada das primeiras atividades relacionadas ao setor, o Secretário afirmou terem como base estudos e propostas internacionais, com apoio de assessoria e consultorias profissionais e das áreas da saúde e vigilância sanitária. “O grau de risco de determinada atividade tem que ser mensurado de acordo com vários critérios. Quando há mais controle sobre a circulação de pessoas, a taxa de risco é menor, e sabemos que há diversos tipos de eventos com capacidade de controle maior e implementação de protocolos”, pontuou.
Sá Leitão defendeu ainda a importância de campanhas sobre a adoção dos protocolos e grau de segurança das iniciativas, para que a população se sinta segura em retomar algumas atividades. “O Governo fará uma campanha geral, que deve incluir menções aos Eventos e ao campo da Economia Criativa, mas os setores também podem e devem criar uma autorregulamentação neste sentido, em forma de certificações, fiscalizadas pelas Entidades, para a adequação das empresas e dos estabelecimentos aos protocolos”, sugeriu. E garantiu: “O estado espera ser um impulsionador da retomada responsável das atividades econômicas e sociais. Estamos abertos a todas as colaborações, críticas, sugestões”.
Junto com Alexis Pagliarini, participaram do AMPRO Live Talks Online o CEO do grupo R1, Juan Pablo de Vera, idealizador da Go Live Brasil – coalizão formada por 11 Entidades ligadas ao setor de Eventos; e o Conselheiro da AMPRO e CEO da agência ETNA, Wilson Ferreira Jr. O evento teve o apoio da Crosshost.