Mais de 760 influenciadores da base da Squid foram ouvidos para analisar as principais questões que permeiam o setor, como a participação nas ações, valores de cachê e se já sofreram com discurso de ódio nas redes
Em um ano marcado por protestos e debates sobre a luta antirracista, a Black Influence, Sharp, Site Mundo Negro, Squid e YOUPIX se reuniram para realizar um estudo exclusivo no país: o Black Influence, um retrato dos creators pretos do Brasil. Mais de 760 influenciadores da base da Squid foram ouvidos para analisar as principais questões que permeiam o setor, como a participação nas ações, valores de cachê e se já sofreram com discurso de ódio nas redes.
Ao serem questionados se já realizaram alguma campanha, 64% responderam que sim, mas quando olhamos por raça, os influenciadores identificados como pretos possuem a menor taxa de participação, 53%, seguido de amarela, com 59% e pardos com 66%. Os brancos possuem o maior percentual, com 67%.
Analisando o preço médio por postagem, os brancos possuem o maior valor recebido por ação. A diferença é de mais de 12% quando comparados com creators pretos. A variação média de valor dos influenciadores brancos é de 25,7%, enquanto pretos recebem -51,1% do total.
O estudo também contempla se os influenciadores já sofreram algum discurso de ódio. Nesse ponto, 40% responderam que sim, sendo as maiores taxas entre indígenas (43%) e pretos (38%).
A pesquisa foi realizada em agosto de 2020. O estudo completo para download está disponível em http://bit.ly/pesquisablackinfluence.