“Finalmente a Gerdau terá uma mulher à frente de uma de suas operações industriais, o que é coerente com a transformação da empresa, que está a todo vapor. As empresas precisam ter mais exemplos dentro de casa (em relação à diversidade). É necessário ter referência”, comenta Michele Robert
Historicamente um setor de absoluta predominância masculina na cadeia de comando, a Siderurgia tem, pela primeira vez, uma mulher à frente de uma planta de operação industrial. Perto de completar 120 anos de operações, a Gerdau nomeia a executiva Michele Robert para o cargo de presidente da Gerdau Summit, braço da empresa em Pidamonhangaba (SP) atuante no fornecimento de peças para a geração de energia eólica, e que tem as japonesas Sumitomo Corporation e Japan Steel Works como co-controladoras.
Empresa com forte presença no mercado global, a Gerdau adotou como padrão – este, exigido pelos investidores – um comportamento alinhado às mais modernas práticas de ESG, tornando públicas as suas ações em agenda ambiental, social e de governança, além de investir pesado em programas internos para ajudar na formação de profissionais em busca de diversidade, incluindo a de gênero.
Vinda de passagem de 18 anos pela General Electric (GE), Michele Robert tem formação em Engenharia Mecânica e vivência em países como Argentina e Estados Unidos. Ela chega à Gerdau para comandar uma equipe de 700 pessoas, onde cerca de 90% são homens. Como missão, um dos destaques é justamente iniciar um processo de mudança nesta proporção, alinhado à política de diversidade e inclusão da empresa.
Michele chega à Gerdau Summit já com algumas metas. Além, é claro, de ajudar a dar um impulso na diversidade, o plano é “dobrar ou triplicar” a operação, que busca diversificar sua atuação – algo que a pandemia mostrou ser necessário. Hoje com o foco em cilindros para energia eólica, a unidade já está em processo de homologação de produtos para atender outros setores, como mineração e açúcar e álcool.
“Finalmente a Gerdau terá uma mulher à frente de uma de suas operações industriais, o que é coerente com a transformação da empresa, que está a todo vapor. As empresas precisam ter mais exemplos dentro de casa (em relação à diversidade). É necessário ter referência”, comenta a executiva.