A companhia não conseguiu quitar a dívida em aberto, e parte do acordo feito na recuperação judicial previa o fechamento da gráfica, localizada em São Paulo
Em dezembro do ano passado, a Editora Abril comunicou ao Sindicato dos Gráficos de São Paulo a respeito do encerramento das atividades de sua gráfica agora no mês de janeiro deste ano. Tal ação terá como consequência a demissão de aproximadamente 250 trabalhadores gráficos e 50 administrativos vinculados à operação da unidade.
A possibilidade do fechamento da gráfica já existia desde que a companhia entrou com o processo de recuperação judicial, em agosto de 2018, por conta de uma dívida de R$ 1,69 bilhão de reais que a Abril possuía com ex-funcionários, bancos, prestadores de serviço editorial e outros fornecedores.
A partir deste ano, todas as revistas da editora serão impressas por gráficas terceirizadas – algo que já ocorria há algum tempo com parte das publicações da empresa.
Por meio de nota, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) escreveu que “desde o início se opôs ao desmonte da empresa e às demissões em massa que esse processo tem provocado. Com relação às dispensas anunciadas para janeiro, hipotecou solidariedade aos trabalhadores gráficos e expressou a disposição de atuar conjuntamente com o Sindicato dos Gráficos em ações de mobilização e protesto, inclusive na porta da empresa, o que, infelizmente, acabou não acontecendo”.