Empreendedoras de diversas áreas comentaram o fato, que é celebrado como mais um passo dentro dos avanços das mulheres em cargos de liderança.
Na última semana, uma notícia positiva e inspiradora para as mulheres no mercado de trabalho, chamou a atenção do mundo todo. A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Desde 1995, apenas homens comandavam a instituição.
Okonjo-Iweala tem 66 anos e é economista, especializada em finanças globais. Foi Diretora de Operações do Banco Mundial, onde fez carreira por 25 anos, além de ter sido a primeira mulher a comandar o Ministério das Finanças da Nigéria – cargo que ocupou por duas vezes (2003 a 2006 e 2001 a 2015). A nova chefe da Organização terá como missão trabalhar com os membros para abordar as consequências na saúde e na economia causadas pela pandemia de Covid-19.
Empreendedoras de diversas áreas comentaram o fato, que é celebrado como mais um passo dentro dos avanços das mulheres em cargos de liderança.
Para Nani Gordon, CEO e cofundadora da fintech Cash.in, ter uma mulher à frente de uma das maiores instituições de mercado global, composta por 162 países-membros, é um feito histórico. “Nós mulheres já demonstramos ser um alvo gigante para o mercado. A diversidade se mostra cada vez mais eficaz e imprescindível em empresas que buscam crescimento e melhores práticas. Ter uma mulher forte, disruptiva e representativa em um espaço tão importante, espelha ainda mais o movimento de igualdade e inspira a todas nós, mulheres, a buscar posições de liderança”, diz a CEO.
Para Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital, a escolha de uma mulher para liderar a OMC pode incentivar o aumento feminino em cargos com importantes tomadas de decisões. “É uma conquista importante. Cada vez que uma mulher se torna referência, outra se inspira para também se tornar protagonista, é assim que diminuímos o gap que ainda existe entre homens e mulheres em cargos de liderança”, diz.
Carol Esteve, fundadora da Buy My Dress – primeira plataforma de vestidos second hand do Brasil – ressalta que o ingresso da primeira mulher na OMC é uma notícia que inspira e motiva. “Quando uma mulher sobe, consequentemente, puxa outras. Esta expressão define o sentimento de ver movimentos como esses acontecendo. Uma notícia que inspira e motiva todas nós mulheres a continuarmos trabalhando, conquistando o nosso espaço, e mostrando a nossa capacidade em liderar”, diz a empresária.
Daniela Petroni, empreendedora da Puzzle Me, acredita que o ingresso de Ngozi Okonjo-Iweala na OMC realça a importância da representatividade na instituição. “Ter uma mulher no comando de uma das principais instituições de comércio do mundo mostra a representatividade, uma mudança que está cada vez mais presente no mercado de trabalho, e uma conquista de efeito positivo. Apesar disso, a participação de mulheres no mercado de trabalho é a menos em 30 anos, segundo o Ipea. Temos um longo caminho a seguir, mas é importante celebrar conquistas históricas”, finaliza.