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Instituto Ester Assumpção, organização social sem fins lucrativos, busca pessoas com deficiência para formar banco de talentos, a fim de fomentar a participação social de indivíduos com deficiência física e intelectual

De acordo com Cíntia Santos, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, a instituição desenvolve um trabalho muito importante para a sociedade. “Somos uma organização social sem fins lucrativos cuja missão é mobilizar pessoas e organizações para o exercício da cidadania da pessoa com deficiência. Nasceu de uma preocupação compartilhada pela nossa fundadora, a Dona Ester, e alguns pais acerca do futuro das pessoas com deficiência. Orientados por esse legado, as nossas ações visam garantir a participação social das pessoas com deficiência com dignidade, acessibilidade e inclusão. Assim, fomentando um ambiente favorável para que a pessoa seja incluída, e que suas diferenças individuais sejam respeitadas”, explica.

Trabalhar a inserção da pessoa com deficiência, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja cada vez mais aceita e respeitada em sua integridade. Esses são alguns dos objetivos do Instituto Ester Assumpção, que atua como elo entre empresas e indivíduos com deficiência, além de prestar consultoria para organizações que queiram promover a inclusão.

Fundado em 1987, o Instituto Ester Assumpção é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada por Ester Assumpção, educadora nacionalmente conhecida pelo caráter pioneiro e inovador no campo da educação. A instituição atua no campo da inclusão da pessoa com deficiência, e tem como foco contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade seja aceita e respeitada na sua integridade. As principais frentes de atuação são a qualificação e inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e a consultoria para que as organizações se adequem e cumpram o papel social de promover a inclusão.

De acordo com Cíntia Santos, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, a instituição desenvolve um trabalho muito importante para a sociedade. “Somos uma organização social sem fins lucrativos cuja missão é mobilizar pessoas e organizações para o exercício da cidadania da pessoa com deficiência. Nasceu de uma preocupação compartilhada pela nossa fundadora, a Dona Ester, e alguns pais acerca do futuro das pessoas com deficiência. Orientados por esse legado, as nossas ações visam garantir a participação social das pessoas com deficiência com dignidade, acessibilidade e inclusão. Assim, fomentando um ambiente favorável para que a pessoa seja incluída, e que suas diferenças individuais sejam respeitadas”, explica.

Segundo a psicóloga, é preciso que as empresas tenham a consciência da importância da promoção da inclusão. “O fato é que estamos trabalhando para que a sociedade possa romper com ideias ultrapassadas, e que ao longo dos séculos, associaram a condição de ter uma deficiência com a incapacidade. Pessoas com deficiência têm limitações, que podem ser agravadas pelas barreiras impostas pela sociedade, mas assim como todos nós, são pessoas repletas de potenciais, habilidades, sonhos, objetivos e, claro, metas de vida. Desta forma, o Instituto, por meio de sua atuação, trabalha para que cada vez mais, as pessoas com deficiência sejam aceitas, mostrando todo o seu potencial”, destaca.

Cíntia Santos lembra que após tantos anos de trabalho árduo do Instituto, o cenário tem melhorado. Porém, ela ressalta que existe uma tendência de boa parte das empresas desenvolverem apenas ações isoladas, somente para cumprir a Lei 8.213/91, que trata das cotas para pessoas com deficiência. “A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho tem alcançado resultados importantes, uma vez que os índices de empregabilidade de trabalhadores com deficiência cresceram consideravelmente nos últimos anos. Empresas que contratam pessoas com deficiência já não são raridade e podemos perceber um aumento significativo nas oportunidades de trabalho voltadas para pessoas assim. Mas há ainda muito o que avançar. De forma geral, observa-se que as empresas priorizam a contratação de pessoas com deficiências que não exijam grandes adaptações, o que representa apenas uma pequena parcela dessa população. Outra questão é a tendência da maioria das empresas atuarem apenas no sentido de cumprir a legislação, que institui uma cota para pessoas com deficiência”, explica.

A profissional acredita que, ao não perceber o potencial da mão de obra da pessoa com deficiência, as empresas estão perdendo oportunidades de ter excelentes colaboradores. “Muitas organizações ainda não percebem que a adoção de práticas mais inclusivas pode se tornar uma vantagem competitiva. Infelizmente, elas tratam essas ações apenas como despesa. Entretanto, dados do relatório Diversity Matters, publicado no ano de 2015 pela consultoria McKinsey Company, indicam que organizações que consideram a diversidade no recrutamento, entregam resultados 25% melhores do que organizações ‘não-diversas’. Por fim, observa-se ainda um paradoxo: se por um lado, a dificuldade de acesso à educação pode dificultar a preparação adequada de algumas pessoas para o mundo do trabalho, resultando em pessoas menos qualificadas profissionalmente, por outro lado, pessoas com deficiência com alto índice de escolarização, também ficam fora do mercado. Ou seja, a maioria das vagas disponibilizadas para trabalhadores com deficiência são de níveis mais operacionais, havendo, portanto, escassez significativas de oportunidades em níveis mais estratégicos”, salienta.  

 

Desafios

Cíntia destaca que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo Instituto é o de encontrar organizações dispostas a ajudar na inclusão de pessoas com deficiência em seu quadro. “Um dos nossos principais desafios hoje é encontrar empresas que estejam dispostas a implantar programas estratégicos que visem a inclusão de pessoas com deficiência. Não se trata apenas de contratar, mas sim, da adoção de práticas que respeitem as diferenças individuais de seus trabalhadores, promovendo um ambiente mais acessível, inclusivo e aberto à diversidade. Isso exige empenho de todos os níveis hierárquicos das empresas, e a mobilização de todos os atores envolvidos, para que resultados significativos sejam alcançados. É necessário mudar a cultura das organizações, para que estas percebam o valor produtivo dos trabalhadores com deficiência”, relata.

 

A tecnologia como aliada

Para promover a acessibilidade e atuar como elo entre empresas e pessoas com deficiência, o Instituto está desenvolvendo uma plataforma online totalmente acessível. “Queremos aumentar o nosso banco de talentos e mostras para as empresas que temos profissionais competentes e que podem contribuir, e muito, para o crescimento das organizações. Por isso, lançaremos a primeira interface totalmente adequada a pessoas com deficiência. Acreditamos que este é um grande passo para fomentar ainda mais a inserção destes indivíduos no mercado de trabalho”, finaliza a psicóloga.