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São Paulo anuncia vacina Made in Brazil

O Governo do Estado de São Paulo anunciou na manhã desta sexta-feira (26/3) o início da produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus desenvolvida no Instituto Butantan

Durante a coletiva deste 26 de março, o governador João Dória assumiu o compromisso de vacinar toda a população do Estado de São Paulo até o final do ano

O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (26/3) o desenvolvimento e a produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus, produzida no Instituto Butantan por meio de um consórcio internacional do qual o Brasil faz parte, que inclui Vietnã e Tailândia. A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos com o novo imunizante comecem já em abril, após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não está descartada a possibilidade de a vacina ser aplicada em dose única, pela boa resposta imunológica verificada nos testes pré-clínicos. A vacina já foi produzida em escala suficiente para que sejam feitos os testes clínicos e os primeiros testes foram feitos na Índia. A ButanVac será uma vacina que dispensará a necessidade de importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). Os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram promissores, o que permite evoluir para estudos clínicos em humanos.

A iniciativa do novo imunizante faz parte de um consórcio internacional do qual o Instituto Butantan é o principal produtor, responsável por 85% da capacidade total, e tem o compromisso de fornecer essa vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda. A produção-piloto do composto já foi finalizada para aplicação em voluntários humanos durante os testes. De acordo com o Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido no desenvolvimento da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, já disponível para a população brasileira. “Em razão do panorama global, abrimos o leque de opções para oferecer aos governos mais uma forma de contribuir no controle da pandemia no país e no mundo”, disse o executivo. Segundo ele, a parceria com a a Sinovac será mantida, e não haverá nenhuma alteração no cronograma dos insumos vindos da China.