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Sabedoria indígena

Para o cacique Biraci Brasil, da tribo Yawanawa, o sonho de sua comunidade é poder levar o conhecimento para fora da aldeia e, assim, ajudar a sociedade com tratamentos que não possuem solução na medicina ocidental. Confira no artigo de Rivaldo Chinem

Índio que vive no Acre, região norte do país, garantiu que sua tribo catalogou mais de 2 mil espécies de plantas e revelou que eles misturam diversas técnicas medicinais com uso de ervas e argila. Foi palestrante em festival de tecnologia em inovação em São Paulo e garantiu que o país tem muito o que aprender com o seu povo: “A floresta amazônica ainda guarda muitos segredos que podem ajudar no desenvolvimento da nossa medicina”.

O cacique Biraci Brasil, da tribo Yawanawa mostrou que quer compartilhar o conhecimento de sua tribo indígena com a sociedade: “O país tem muito a aprender com o meu povo”.

A troca de valores pode gerar uma nova consciência, disse o palestrante no painel “oportunidade de novos negócios na floresta amazônica com base de saberes ancestrais”.

Para o índio, o sonho de sua comunidade é poder levar o conhecimento para fora da aldeia e, assim, ajudar a sociedade com tratamentos que não possuem solução na medicina ocidental.

Biraci contou que no futuro pretende criar um novo modelo de hospital, mas sem o que chamou de “carga negativa” que envolve a todos como os conhecemos. A ideia é fundar centros de cura, levando as técnicas desenvolvidas por sua tribo para todos os cantos deste país imenso em que vivemos, e também para o planeta, completou otimista.

O líder indígena já viajou mundo afora e conheceu outras culturas, com as quais aprendeu bastante e criou laços de amizade. Monges budistas e judeus mantém correspondência com ele o tempo todo.

Acredita ter muito conhecimento para contribuir com um mundo melhor: “Temos riquezas incalculáveis. Nossa medicina, nossas plantas trazem uma nova alternativa para a nossa sobrevivência”.

O povo Yawanawa nunca havia sido convidado a partilhar seus conhecimentos. O líder disse que por parte deles sempre houve muito cuidado para não expor em vão seus conhecimentos de medicina. “Não fazemos propaganda”, disse brincando. E convidou a plateia a visitar sua tribo, mas advertiu que para isso tem que se ter pelo menos 5 dias para começar a trabalhar. “Compartilharemos tudo o que sabemos com quem for à nossa casa”.

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