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Tirando o time de campo

Diante da polêmica decisão de realizar a Copa América, principal competição de seleções na América do Sul, alguns patrocinadores anunciaram a decisão de não ativarem suas marcas durante o torneio

Divulgação

A Copa América está marcada para iniciar no próximo domingo (13), às 18h, em Brasília, no estádio Mané Garrincha, onde a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B.

A Copa América mal teve início e já está rodeada de polêmicas, a começar, sobretudo, pela sua própria realização de fato. O principal torneio futebolístico da América do Sul deveria ter sido disputado em 2020, porém, por conta da pandemia de Covid-19, foi adiado. Neste ano, após as desistências de Colômbia e Argentina em sediarem o evento – o primeiro, devido à problemas sociais, e o segundo, devido às dificuldades em lidar com o Coronavírus – o Brasil sinalizou que poderia realizar, e, de fato, realizará.

Contudo, a Copa América acontecerá simultaneamente ao momento em que a pandemia registra números bastante elevados no país. E, por conta disso, não apenas a sociedade se mostra desconfortável com a realização do evento, mas também os patrocinadores.

Na última quarta-feira (09), a Mastercard tomou a decisão de não ativar as suas marcas na Copa América, torneio no qual é uma das patrocinadoras. Logo em seguida, indo pelo mesmo caminho, a Ambev também optou por retirar o patrocínio. E nesta quinta-feira (10), foi anunciado que a Diageo também não patrocinará o torneio, sendo a terceira empresa a retirar seu time de campo.

Para Fábio Wolff, Sócio-Diretor da Wolff Sports & Marketing, a postura das patrocinadoras é inédita. “Achei um posicionamento extremamente estratégico, nunca tinha visto uma situação como esta. A sacada da Mastercard faz com que outras sigam esse caminho. Não me surpreenderei se isso ocorrer”, comenta o executivo em matéria divulgada pelo Estadão. Wolff ainda ressaltou que as empresas não negam a importância e grandiosidade do evento, entretanto, concordam que agora não é o melhor momento para a realização do mesmo.

O especialista em marketing destaca que, cada vez mais, as marcas vêm se posicionando diante do público, seja de forma natural, ou por pressão dos consumidores. “As empresas não estão muito à vontade com o que está acontecendo. Então elas se posicionam de forma estratégica, mas também existe um marketing por trás disso, pois as pessoas enxergam os valores da empresa”.

O Estadão procurou outras empresas que também patrocinam ou negociaram apoio a Copa América, porém, não obtiveram retorno até o momento.

A Copa América está marcada para iniciar no próximo domingo (13), às 18h, em Brasília, no estádio Mané Garrincha, onde a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, pelo Grupo B. No mesmo dia, às 21h, Colômbia e Equador se enfrentam na Arena Pantanal, em Cuiabá. Os demais jogos estão marcados para acontecerem em Goiás e no Rio de Janeiro. A final do torneio está marcada para o dia 10 de julho, no estádio do Maracanã.