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Crimes Eletrônicos serão punidos com mais rigor

No programa Consumo em Pauta dessa semana, Angela Crespo recebe o advogado Marcelo Campelo para falar sobre como os crimes eletrônicos passam a ser punidos com mais rigor após a nova lei sancionada, além de dar dicas para que os consumidores se protejam melhor e evitem cair no golpes digitais mais recorrentes. Não perca, a partir das 16h, na Rádio Mega Brasil Online.

O advogado Dr. Marcelo Campelo vêm ao Consumo em Pauta para falar sobre Crimes Eletrônicos.

Angela Crespo está de volta para ajudar o consumidor no Programa Consumo em Pauta, aqui na Rádio Mega Brasil Online.

E o programa dessa semana vai falar sobre como os crimes eletrônicos passarão a ser punidos com mais rigor. A Lei 14.155/2021, sancionada recentemente torna mais rígidas as punições do Código Penal para crimes cometidos por meio de dispositivos eletrônicos.

Mas isso, é claro, não significa que devemos baixar a guarda. Principalmente com o celular, visto que hoje cada vez mais ele é um meio de pagamento, afinal, por meio dele é possível fazer qualquer transação bancária.

O que fazer, então, para não ser vítima de crime eletrônico? Esta é uma das questões que serão respondidas por Marcelo Campelo, advogado especialista em Direito Criminal. Ele é o entrevistado da jornalista Angela Crespo no programa Consumo em Pauta.

 

Cuidados com o Celular

Para quem aderiu completamente à carteira digital via celular, Campelo alerta que é preciso ter mecanismos de travamento do aparelho para não ter prejuízos caso ele caia em mãos alheias. “Mas isso não basta. É preciso repensar se não é muito arriscado ter toda a vida financeira dentro do aparelho”, pontua ele.

Um exemplo citado pelo advogado é o uso do PIX ou WhatsApp Pay pelo celular: “Imagine se um bandido te obriga a abrir sua conta no banco para ver o seu saldo. E só te libera quando você fizer, via PIX, a transferência do seu dinheiro para outra conta”.

Para Marcelo, uma forma de evitar o risco talvez seja a de continuar com os velhos DOC ou TED para transferências de valores. Isso porque estes sistemas têm mecanismos de travamento, o que não ocorre com o PIX. “Uma vez transferido o valor, não tem volta. Mesmo que a transferência seja por com uma arma na cabeça”, explica ele.

 

Crimes Eletrônicos em alta

Há muitos outros tipos de crimes eletrônicos que exigem de todo consumidor prevenção e precaução, e eles crescem a cada ano de forma avassaladora.

Dados da Apura Cybersecurity Intelligence, empresa especializada em segurança digital, apontam alta de 394% nas ameaças eletrônicas em 2020, em comparação com 2019.

Para este ano, a empresa alerta que a entrada dos novos meios de pagamentos eletrônicos demandará atenção maior dos usuários para, assim, se livrarem de prejuízos financeiros com os golpes.

Entre estes crimes, o advogado comenta sobre os golpes em grandes sites de vendas. Uma das principais formas de se aplicar esses golpes pela internet é aquele em que o estelionatário copia o anúncio de um veículo, oferece-o por um preço atraente e faz a ponte entre vendedor e comprador. Assim, o criminoso pede parte do valor adiantado. “A lábia do criminoso é tão eficaz que ele consegue que as pessoas se dirijam ao cartório para assinar o documento de transferência sem se falar, contando uma história de que é parente e o depósito deve ser feito em uma conta indicada por ele. A vítima, interessada no negócio, realiza o depósito e o bandido some com o dinheiro rapidamente. Infelizmente, o golpe é constatado só depois que não se consegue mais rastrear o dinheiro”.

Outro golpe famoso é o do boleto: as pessoas recebem uma oferta atraente de algum produto por e-mail, com informação de que devem pagar o boleto para não perder a oportunidade. Eles então correm para pagar e acabam perdendo o seu dinheiro.

No caso dos boletos, a pessoa pode conferir a sua origem e quem o emitiu antes de pagar, e, por essa razão, os estelionatários fazem uma oferta que cega a pessoa, que deseja pagar rapidamente para garantir a oportunidade. “Nesses casos, o rastreamento do dinheiro se torna praticamente impossível, pois os agentes transferem rapidamente para diversas contas e utilizam contas de laranjas para emissão de boletos”, explica ele. 

Para o advogado, o único caminho para se evitar golpes é a prevenção: “Prevenir é simples. Passa pela conferência dos documentos e não acreditar em milagres. Mas a principal dica é, não pague se tiver o mínimo de dúvida e confira várias vezes antes de realizar o depósito”, aconselha Campelo.

 

Comportamento Preventivo

Para não cair em golpes eletrônicos é fundamental seguir algumas regras, sendo uma das principais delas a de não clicar em nada sem checar a procedência.

Cuidado redobrado com as senhas é outra dica. Nunca se deve usar senhas óbvias e muito menos armazená-las no celular ou no computador. Isso porque, os equipamentos podem ser furtados, roubados ou invadidos, de forma que as senhas acabem capturadas.

As redes sociais também merecem atenção. A postagem de fotos de viagens, de veículos ou casas demonstram o padrão de vida - e muitas vezes até o endereço - devem ser evitadas. Jamais faça check-in em sua própria residência, isso o torna localizável.

Para os aplicativos, inclusive de mensagens, além de utilizar a verificação em duas etapas para acesso, deve-se combinar palavras chaves com seus contatos para comprovar a veracidade da mensagem.

Por fim, prefira sempre pagar com cartão de crédito virtual se for usá-lo em compras online. A maioria dos bancos disponibiliza esta função.

Não deixe de conferir a entrevista com Marcelo Campelo para ficar por dentro de todas as formas de evitar os golpes digitais. O programa vai ao ar nessa segunda-feira (14), às 16h.

 


O programa Consumo em Pauta é apresentado pela jornalista Angela Crespo todas as segundas, às 16h, com reapresentações as terças, às 9h, e as quartas, às 20h, na Rádio Mega Brasil Online.

O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.