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Flávia Ivo, Gerente de Conteúdo do I’Max
Quando ingressei no mercado de comunicação, a transferência de arquivos de texto e imagem era uma tarefa hercúlea. Se em um disquete cabia apenas 1,44 MB, imagine (caso não tenha lembranças dessa época) precisar transportar de um equipamento para outro uma simples foto em alta… Um desafio, sem sombra de dúvidas!
Vinte anos e muitos disquetes, CDs, DVDs, pendrives e nuvens depois, minhas experiências tanto na Publicidade e Propaganda quanto no Jornalismo– tive o privilégio de me formar e atuar em ambos– mostraram-me a tamanha importância de um ambiente seguro para acessar toda sorte de arquivos, com a rapidez que o nosso dia a dia exige. Ah, como eu precisei, e não tive acesso em uma década, de um mecanismo como esse que descrevi.
Nos últimos dez anos, atuei, com unhas e dentes, choro e lágrimas, na imprensa mineira. Mais precisamente, em Belo Horizonte. Dos tempos como chefe de reportagem da BandNews FM BH aos de editora-adjunta e gestora de Redes Sociais do jornal Hoje em Dia, em vários momentos, senti falta do que chamamos de media room e, em outros casos, sala de imprensa virtual.
Para aqueles que ainda não são íntimos do termo, media room é um ambiente online criado e estruturado sob as especificidades de um dado cliente. Este pode ser um órgão público, uma em presa privada (de comunicação ou não), um evento que precise de divulgação constante de material para a imprensa, dentre outros.
Neste local, podem estar dispostos diversos arquivos relevantes a jornalistas e outros públicos, como o interno de uma grande companhia, por exemplo. Áudios, vídeos, fotos e galerias, releases, comunicados, pesquisas de opinião, notícias, posts de redes sociais, podcasts…Tudo isso para download, mediante acesso por login e senha, ou, parte liberado e parte exclusivo.
Como uma profissional que acaba de sair da imprensa em um retorno feito com muita reflexão pessoal para a comunicação corporativa, digo a vocês que a media room constitui um dos investimentos mais assertivos que uma empresa ou órgão público pode fazer.
Para aqueles que não tiveram na carreira experiências em redações jornalísticas, especialmente nas de rádio e online, cuja transmissão de notícias exige mais agilidade, talvez seja menos palpável a necessidade de se ter materiais à mão. Por isso, é sempre bom saber das vivências alheias e entender como a comunicação pode ser melhor.
Minha atuação no jornalismo tem sido ampla. Passei por todas as editorias, à exceção da de Esportes. Nesse caminho, encontrei-me também na cobertura de moda há seis anos. Antes no Hoje em Dia e, agora que atuo no I’Max como gerente de Conteúdo, sigo falando do “mundo fashion”, mas de maneira autônoma nas redes sociais e, muito em breve, em meu blog de notícias.
Nos eventos dos quais tive oportunidade de participar, a exemplo das semanas de moda e feiras de negócios nacionais, nada mais incômodo e frustrante para um jornalista do que correr atrás de assessor de imprensa, release e link de WeTransfer. Isso porque, devido às estruturas cada vez mais enxutas das redações, é exigido que façamos não só a reportagem, mas também stories, vídeos para o Youtube, Facebook e Instagram, tweets etc.. O relógio só tem 24 horas e você é um só para todo o conteúdo.
No fim das contas, aparecem mais as marcas que têm os profissionais mais experientes no traquejo com a imprensa e sabem que as demandas são “pra ontem”. Felizmente, esses eventos já começam a aderir à ideia da media room, especialmente após a transformadora chegada da pandemia, e colher frutos em repercussão na mídia.
Sob outro ponto de vista, do hard news, a gestão de redes sociais me apresentou um mundo novo, em que as imagens em alta resolução são não só melhores, porém necessárias para a audiência crescer. Sejam elas da vacinação contra a Covid-19 no interior de Minas, disponível para download na agência do Governo do Estado, ou do
presidente do Congresso Nacional. Ambos os órgãos públicos mantêm ativas media rooms.
No cenário em que vivemos, de incertezas doir e vir, da insegurança quanto à saúde, da implantação definitiva do home office em inúmeras situações, deixar essas opções para que o jornalista se sirva é conceder acesso à informação de qualidade, com controle de entrada e saída, e, mais, do próprio discurso da marca.
Além do que, um ambiente virtual como este constitui importante diferencial frente à concorrência, proporcionando, também, uma vantagem competitiva: a indexação no google. O conteúdo que estiver aberto ao público será entendido como uma URL, um site. Portanto, é uma estratégia para captar audiência não só de jornalistas ou profissionais da comunicação, como interessados pelos assuntos e pela marca. Media room é não só uma tendência, é resultado garantido. Invista!
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