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Metas quantitativas e Transformação do ecossistema
Metas quantitativas - A Tim divulgou recentemente o Plano ESG 2021-2023, a partir de estudos e entrevistas com stakeholders internos e externos que resultaram em 15 metas, 12 quantitativas – desde gestão de energia até diversidade e inclusão, além de inclusão digital, satisfação e modernização do relacionamento com os clientese três relacionadas a certificações e índices de excelência.
O líder global de Comunicação Corporativa e Marca da Gerdau, Pedro Torres, lembra que as empresas estão trabalhando no estabelecimento de métricas para mensurar o avanço de suas práticas sustentáveis e em metas críveis que permitam trabalho de longo prazo.
A maior empresa brasileira produtora de aço fundada há 120 anos, maior recicladora de sucata ferrosa da América Latina e hoje multinacional entre as principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais ao redor do mundo, iniciou processo de transformação cultural em 2014 que culminou na definição do propósito “empoderar pessoas que constroem o futuro”, em 2018. A política de sustentabilidade aprovada no início do ano passado pelo conselho de administração passou a guiar decisões estratégicas levando em conta a agenda ESG, com a construção de Matriz de Materialidade e indicadores para acompanhamento de iniciativas. Em diversidade e inclusão, por exemplo, ações promovem diversidade de gênero desde 2017 e de raça e etnia, pessoas com deficiência e LGBTI+ desde 2019. Os dez temas materiais da companhia estão relacionados a 11 ODS da ONU – além de diversidade e inclusão, reciclagem de sucata, gestão de água e efluentes e gestão de energia estão em pauta.
Mais uma que segue atualizando sua matriz de materialidade é a Localiza, com escuta ativa de seus principais stakeholders – entre eles, especialistas ESG, para mapear temas mais relevantes – considerando os impactos do negócio – e assim definir novo ciclo estratégico para avançar nas ações de sustentabilidade. O compromisso da empresa com o tema tem como norte a Agenda 2030 da ONU, com atuação pela Rede Brasil do Pacto Global. “Entendemos que resultados extraordinários dependem da geração de valor compartilhado, do exercício de nosso papel como empresa cidadã e de investimentos em inovação para perpetuar nossas práticas”, detalha a diretora de Comunicação e Sustentabilidade Rozália Del Gáudio.
Segundo ela, nos últimos anos, há uma compreensão maior das empresas quanto à necessidade de adotar ações relativas às questões ambientais, sociais e de governança, além de forte e crescente movimento de grandes investidores pelo mundo em reconhecer e atribuir mais valor ou mesmo ter, como critério de investimento, negócios que de fato entreguem valor compartilhado. Como companhia listada na bolsa de valores e presente no portfólio de investimentos de públicos diversos no Brasil e no mundo, as demandas da comunicação alcançam todas as frentes de relacionamento, internas e externas, com grande parte de expectativas relacionadas ao interesse dos stakeholders em entender como atuamos de forma a gerar impactos positivos. “Por isso, temos integrado a comunicação para a sustentabilidade como parte da estratégia de comunicação corporativa”, acrescenta a executiva.
Transformação do ecossistema - “Trabalhar juntos rumo a um mundo neutro em carbono deve ser prioridade para todos nós”, ressalta Eleni Gritzapis, diretora de Comunicação Corporativa da Dow, cujas ações são permeadas pelos pilares de preservação do meio ambiente, investimento social e governança há cerca de 30 anos. A empresa é nomeada para o Índice Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones desde 1999 e nos últimos 25 anos compartilha objetivos sustentáveis com duração de uma década. “Desde o ano passado o bônus dos funcionários tem percentual por conquista de metas ESG”, destaca.
Posicionada na base de cadeias de valor da indústria, a Dow busca impulsionar a transformação do ecossistema de negócios e anunciou este ano novas Metas de Sustentabilidade, comprometendo-se a melhorar seu próprio desempenho em carbono e trabalhar em colaboração com clientes e sociedade. Manter o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, como no caso do plástico e de produtos para reduzir a pegada de carbono de clientes e clientes de seus clientes, avançar na eficiência operacional fabril, com novas tecnologias e maior eficiência energética, e gestão de resíduos com incentivo à economia circular são algumas das prioridades.
“Nossa atuação permite somar esforços com clientes, fornecedores, governos, academia, sociedade civil e ONGs. A colaboração é o único caminho”, reforça. Entre exemplos práticos, a executiva cita o acordo de compra de energia solar (power purchase agreemen, ou PPA) em Aratu, na Bahia. Juntamente com a Atlas Renewable Energy, o plaplano tem duração de 15 anos e previsão para início em 2021. O contrato evitará perto de 35 mil toneladas de emissões de CO2 ao ano. Outro exemplo é o da Nova Resina PCR, feita de plástico reciclado pós-consumo desenvolvida e lançada no Brasil em parceria com a Boomera LAR e a Fundación Avia.
Mais um, o Edital de Responsabilidade Social, para apoio de projetos voltados a economia circular e inclusão de pessoas negras.
O propósito de ser a empresa de ciência de materiais mais sustentável do mundo reflete-se na comunicação. “Buscamos engajar funcionários, clientes e fornecedores na busca por soluções colaborativas, inspirando a transformação solidária e com resultados econômicos, sustentáveis e sociais para toda cadeia envolvida”, diz Eleni. “Estamos entre as companhias pioneiras na abordagem de questões relacionadas a temas ESG no ambiente corporativo e na comunicação desses valores para a sociedade.”
Outra que vai atrelar parte da remuneração variável dos executivos a indicadores ESG é a Arcos Dorados, que opera a rede McDonald´s no Brasil e em diversos países da América Latina. A empresa criou em 2015 um departamento com estrutura dedicada ao tema. Até então, o trabalho dividia-se em duas frentes. A primeira, o compromisso social, como marca com responsabilidade de intervir em comunidades onde está presente, destacando-se a liderança na geração de primeiro emprego formal ou iniciativas em entornos de restaurantes.
Outra, o protagonismo na questão ambiental, com políticas e ferramentas para assegurar alimentos de fontes sustentáveis e a preocupação com a economia circular, com redução do plástico e projetos de incentivo à reciclagem. “Somos a única empresa do setor com política de zero desmatamento”, diz o vice-presidente de Comunicação David Grinberg. Em 2016, a criação da plataforma Receita do Futuro estabeleceu cinco pilares de atuação – primeiro emprego juvenil, reciclagem, redução de emissões de carbono, abastecimento sustentável e adequação de qualidade e nutrição dos alimentos. Outra iniciativa foi a produção do relatório de sustentabilidade em linha com agências de rating da área ESG.
Continue sua leitura do Especial ESG na parte três.
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