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Cancelamento de anúncios da Toyota expõe incertezas entre patrocinadores das Olimpíadas 2020

Patrocinadora máster dos Jogos Olímpicos, a montadora suspendeu anúncios na TV japonesa, e seu Presidente, Akio Toyoda (foto), não estará presente na abertura da competição mundial

Divulgação

A Toyota irá reduzir sua exposição em anúncios voltados para os Jogos Olímpicos 2021.

A Toyota, patrocinadora máster dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, anunciou o cancelamento de anúncios com temas olímpicos na TV japonesa. Pesquisas de opinião pública no país têm apontado uma preocupação crescente entre os japoneses com o aumento na circulação de pessoas no país em meio à pandemia.

Tal dúvida foi compartilhada por Jun Nagata, Diretor de Relações Públicas da empresa, que afirmou que ainda há questões difíceis de compreender sobre o andamento dos Jogos. A redução da exposição da Toyota vem em um momento sensível, de avanço da variante Delta da Covid-19, em meio ao desembarque das delegações na capital japonesa.

Para Ivan Martinho, Professor de Marketing Esportivo da ESPM São Paulo, o anúncio da Toyota gera incertezas no comportamento dos demais patrocinadores. “A redução de exposição da Toyota acende uma luz amarela, já que indica uma alteração na relação custo-benefício do patrocínio. O fato de ser uma marca de origem japonesa também pesa nessa decisão. Se os rígidos protocolos sanitários anunciados pela organização se mostrarem falhos nos próximos dias, poderemos ter mais patrocinadores adotando medidas semelhantes”, afirma.

Contudo, o especialista ainda acrescenta que a situação é diferente da ocorrida na Copa América, que contou com desembarques oficiais de patrocinadores. “A Toyota apenas está reduzindo sua exposição, não retirando seu patrocínio. Os Jogos de Tóquio foram adiados para 2021 ainda em março de 2020, e os patrocinadores estavam cientes. É bem diferente do que ocorreu na Copa América, que mudou sua sede duas vezes de forma abrupta. Porém, a situação da Covid-19 requer muita atenção das patrocinadoras, que acompanham de perto a evolução da pandemia no Japão”, diz.