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Startup investe em tecnologia para incentivar contratações de PcDs

No Inclusive dessa semana, Rosa Buccino recebe Fábio Bussinger, fundador da QRtraining, para contar como, apesar dos avanços, algumas empresas costumam contratar os funcionários com deficiência apenas para cumprir a cota, em lugar de levarem em conta as habilidades individuais. Não perca, a partir das 15h, na Rádio Mega Brasil Online.

Fábio Bussinger, da QRtraining, é o convidado do Inclusive dessa semana.

O foco agora é informação e prestação de serviço... está na hora de Inclusive, aqui na Rádio Mega Brasil Online.

No programa dessa semana, Rosa Buccino vai receber o farmacêutico industrial Fábio Bussinger, que sempre ocupou posições executivas de diretoria e Vice-Presidência Corporativa de operações em empresas como Roche, GSK, Abbott e Eurofarma Laboratórios. Seu objetivo sempre foi criar projetos de otimização de resultados operacionais. Em janeiro deste ano ele criou a startup QRtraining

De acordo com uma pesquisa feita pelo Dieese, 21.666 vagas de emprego para pessoas com deficiência (PcDs) foram fechadas entre janeiro e setembro de 2020. Isso mostra uma desaceleração no avanço que estava no país antes da pandemia. Em 2019, o número de trabalhadores com deficiência empregados era de 523,4 mil - 7,5% a mais que em 2018.

No Brasil, há duas leis (8.213/91 e 13.146/2015) que estabelecem cotas para contratação de pessoas com deficiência. Essas leis exigem que empresas com 100 ou mais funcionários preencham de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou com pessoas com alguma deficiência

Apesar dos avanços, algumas empresas costumam contratar os funcionários com deficiência apenas para cumprir a cota, ao invés de levarem em conta as habilidades de cada um. Isso acaba dificultando a inclusão social de qualidade dessas pessoas. Em 2018, por exemplo, das quase 770 mil vagas reservadas para pessoas com deficiência, somente a metade foi preenchida.

Para tentar reverter esse quadro e contribuir com a inclusão social de deficientes auditivos no mercado de trabalho, alguns empreendedores estão investindo em tecnologia, como é o caso do carioca Fábio Bussinger.

No início do ano ele criou a startup QRtraining, uma plataforma digital voltada ao gerenciamento de conhecimento industrial. Permite que, por uma assinatura mensal, empresas possam enviar seus vídeos tutoriais e treinamentos e armazená-los para serem acessados por seus colaboradores a qualquer hora, quer sejam instruções digitais, micro treinamentos no próprio local de trabalho, registro de conhecimento tácito das operações críticas da empresa, tudo com acesso fácil, ágil e com inteligência de organização de conteúdo, através da simples leitura de QR Codes.

Com empresas Nacionais e Multinacionais de peso em seu portfólio de clientes, como Abbott, Guerbet, Hypera, entre outros, a plataforma além de operar com tecnologia exclusivamente brasileira sem similar no mundo, decidiu ir mais além e oferecer tradução em libras sem custo adicional aos clientes que precisem disponibilizar esse recurso em seus vídeos tutoriais. Muitas empresas do setor industrial já se adaptaram às urgências sociais deste novo século e passaram a adotar uma política de contratação mais inclusiva ao abrirem suas portas para pessoas com necessidades especiais de locomoção, visuais e fonoaudiológicas. No entanto, a maior dificuldade ainda é enfrentada por pessoas com deficiência auditiva.

“O QRtraining fez uma parceria com empresa especializada para disponibilizar edição de uma janela de tradução em libras nos vídeos de treinamento às empresas que necessitem desse recurso em seus tutoriais. Nós oferecemos uma franquia de 60 minutos de conteúdo para inclusão de “janela” de tradução sem qualquer custo adicional, independentemente da quantidade de vídeos. Caso o conteúdo exceda essa duração, nós colocaremos a empresa em contato com a prestadora de serviço para que negociem diretamente a um custo diferenciado”, explica Fábio Bussinger, CEO da QRtraining.

Por não conseguirem contratar PNEs capacitadas ou devidamente qualificadas, muitas empresas acabam por empregar pessoas com necessidades especiais menores e as direcionam para funções básicas, como as de limpeza e refeitórios de modo a preencherem a cota obrigatória e, desse modo, não sofrerem multas, o que inviabiliza uma inclusão social de qualidade para este grupo

“Não basta apenas abrir vagas para deficientes auditivos para promover a inclusão social de grupos com necessidades especiais, é necessário, acima de tudo, democratizar as ferramentas de treinamento e aprendizado de modo que a inclusão se complemente na forma de crescimento profissional igualitário. Oferecer uma janela de tradução de libras nos vídeos de treinamento de nossos clientes, sem custo adicional, é democratizar o acesso ao preparo profissional e incentivar uma inclusão social de qualidade, em que haja reais condições igualitárias de preparo”, destaca Bussinger.

Com seu funcionamento focado primordialmente em linhas de produção, muitos setores de empresas industriais operam de maneira “silenciosa”, onde apenas o recurso visual é requisitado, como é o caso da Gerbet Brasil, multinacional francesa líder mundial na produção de contrastes radiológicos. “A Gerbet Brasil, nossa cliente, possui uma área de produção “silenciosa” para revisão de frasco-ampolas, que requer apenas a visão para ser operada. Por conta disso, ela determinou que só irá contratar pessoas com deficiência auditiva para esse setor, o que irá demandar uma janela de tradução em libras nos vídeos tutoriais para o treinamento desses funcionários”, complementa Bussinger.

Devido à enorme estrutura, com maquinários de grande porte e extensas linhas de produção, empresas do setor industrial chegam a empregar milhares de funcionários em uma única planta. Oferecer esse tipo de recurso é uma maneira de incentivar essas empresas a contratar mais funcionários com esse tipo de necessidade especial. Confira mais informações a respeito da iniciativa da QRtraining em seu site oficial: www.qrtraining.com.br.

E, é claro, não perca a entrevista com Fábio Bussinger, que vai ao ar nessa quinta-feira (12), às 15h.

 


O programa Inclusive é apresentado pela jornalista Rosa Buccino todas as quintas, às 15h, com reapresentações as sextas, às 9h, e aos domingos, às 14h, na Rádio Mega Brasil Online.

O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.