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“Queremos ao mesmo tempo facilitar o acesso a essas grandes informações, e também permitir que as pessoas possam usar todas as grandes funcionalidades do Pinpoint, como pesquisar rapidamente e facilmente em milhares de documentos por entidades como pessoas, empresas/organizações e localizações. Sem dúvida, isso poderá ajudar muitos jornalistas brasileiros”, explica Reinaldo Chaves, Coordenador de Projetos na Abraji
Duas grandes coletâneas de documentos de interesse público serão disponibilizadas mensalmente pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) no Google Drive para pesquisa gratuita, por meio do Pinpoint. A ferramenta possibilita a pesquisa inteligente em grandes volumes de arquivos, retornando rapidamente dados essenciais e relevantes para a busca.
O upload recorrente dos conteúdos para a nuvem, por parte da entidade, é fruto da recente parceria formalizada com a Google News Initiative (GNI).
Atualmente, o Pinpoint integra o Journalist Studio, suíte de aplicações da GNI projetadas para colaborar com o desenvolvimento de um ecossistema de notícias ainda mais qualificado. Tem a proposta de otimizar a rotina nas redações e o tempo dos profissionais de imprensa.
“Queremos ao mesmo tempo facilitar o acesso a essas grandes informações, e também permitir que as pessoas possam usar todas as grandes funcionalidades do Pinpoint, como pesquisar rapidamente e facilmente em milhares de documentos por entidades como pessoas, empresas/organizações e localizações. Sem dúvida, isso poderá ajudar muitos jornalistas brasileiros”, explica Reinaldo Chaves, Coordenador de Projetos na Associação.
Pinpoint
O Pinpoint chegou ao Brasil no final de 2020, junto do Journalist Studio, com o propósito de oferecer mais tempo e espaço para que os profissionais de imprensa fiquem concentrados em encontrar e relatar histórias de interesse dos cidadãos, de maneira segura e com as melhores narrativas.
O sistema auxilia os repórteres a examinarem rapidamente centenas de milhares de documentos, inclusive aqueles disponibilizados por jornais tradicionais e empresas de comunicação – como o The New York Times e o The Guardian. Eventos, fatos, nomes de indivíduos, instituições e ambientes/regiões registrados nesses papéis digitais são identificados, organizados e confirmados automaticamente pela plataforma.
“O diferencial do Pinpoint é que ele usa o mesmo motor de inteligência artificial da busca do Google para identificar automaticamente as pessoas, os locais, e até as empresas mencionadas nos documentos e nos áudios. Ou seja, você vai poder cruzar e encontrar, numa fração de segundo, todas essas informações, em centenas ou milhares de arquivos ao mesmo tempo. Muitas redações já estão usando o Pinpoint ao redor do mundo, e o Boston Globe recentemente ganhou um ‘Pulitzer’ com uma matéria que usou o Pinpoint durante a investigação”, explica Marco Túlio Pires, Diretor do Google News Lab no Brasil.
Aprendizado de máquina
O super utensílio de averiguação de dados em diversos formatos utiliza o aprendizado de máquina para imprimir resultados relevantes após a análise de enormes quantidades de títulos. O Pinpoint faz a triagem automática após sincronização dos conteúdos e inicia a marcação inteligente de referências para buscas rápidas, até mesmo a partir da transcrição de gravações.
No lugar do famoso comando “Ctrl + F”, atalho para a caixa de pesquisas em documentos, os profissionais terão ajuda para uma utilização melhorada dos mecanismos da pesquisa do Google e do Mapa de Informações, com o reconhecimento óptico de caracteres e as tecnologias de fala para texto, para escanear PDFs digitalizados, imagens, e-mails, arquivos de áudio, e até manuscritos arquivados no Google Drive. A ideia é tornar o processo de investigação de dados mais fácil e com menos risco de assimilação de informações falsas.
A análise dos materiais também pode ser feita em outras línguas, como o inglês, o espanhol, o francês, o italiano e o polonês. A tecnologia funciona para os uploads feitos pelos próprios usuários em suas pastas na nuvem.
Jornalismo investigativo
O Pinpoint já se provou útil para projetos de investigação – como o relatório do USA TODAY, sobre 40.600 mortes relacionadas à Covid-19 em lares de idosos; o Reveal’s Look, sobre o “desastre de teste” da Covid-19 nos Centros de Detenção da Imigração e Alfândega dos EUA (ICE); bem como um artigo do Washington Post sobre a crise de opióides.
A velocidade do Pinpoint também ajudou os repórteres em projetos de curto prazo – como o exame do Rappler, com base nas Filipinas, dos relatórios da CIA da década de 1970 – e situações de notícias de última hora – como a verificação rápida dos fatos do Verificado MX, com base no México, das atualizações diárias do Governo sobre a pandemia.