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Cristiana Lôbo tornou-se conhecida por suas coberturas e análises da política brasileira.
A jornalista e colunista de Política Cristiana Lôbo faleceu na manhã desta quinta-feira (11), após perder a batalha contra um mieloma múltiplo – tipo raro de câncer na medula óssea – do qual vinha se tratando havia alguns anos, que foi agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Cristiana estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ela deixa o marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.
Com uma trajetória de mais de 30 anos no jornalismo brasileiro, Cristiana se formou na Universidade Federal de Goiás, com o sonho de ter um programa de música na rádio.
Iniciou sua carreira cobrindo a política do estado de Goiás, até se mudar para Brasília. Após ingressar no jornal O Globo, atuou como setorista no Ministério da Saúde, onde presenciou a criação da carteira de vacinação, e logo depois passou para o Ministério da Educação. Ainda no O Globo, trabalhou na coluna Panorama Político.
Depois de 13 anos no jornal, Cristiana se transferiu para o Estado de S.Paulo, onde assumiu a coluna de Política, e continuou acompanhando de perto a política brasileira.
Sua estreia na televisão aconteceu em 1997, na GloboNews, no Jornal das Dez, onde a jornalista fazia análises políticas, além de coberturas especiais – como a eleição e posse da Presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2011. Em 2003, passou a fazer parte do programa Fatos e Versões, apresentado por Franklin Martin, no qual se destacou pelo quadro “Papo no Cafezinho”, cujo foco era nos bastidores da política e em seus expoentes. A saída de Franklin, em 2006, fez com que a jornalista assumisse o comando do programa, que ficaria no ar até março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 fez com que a GloboNews alterasse sua grade de programação, a fim de dedicar mais tempo às hardnews. Além de marcar presença em outros telejornais da casa, Cristiana também teve um blog no G1, chamado “Os Bastidores da Política”.
Ali Kamel, Diretor-Geral de Jornalismo da TV Globo, lamentou a morte de Cristiana, e relembrou, em nota, a parceria profissional que construiu com a jornalista. “Cris era uma profissional ímpar. Eu comecei a trabalhar com ela em 1991, em Brasília, quando dirigi a sucursal do Globo. Nesses 30 anos, Cris sempre se mostrou uma profissional exemplar, correta, zelosa, ansiosa pela notícia em primeira mão. Pude sempre reconhecer nela um ser humano doce, gentil, amigo das pessoas. O jornalismo perde um talento enorme”.
Outros colegas, jornalistas e amigos, também prestaram suas homenagens e depoimentos sobre Cristiana.
Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Hospital Albert Einstein, o velório será restrito apenas à família.