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Metaverso é a próxima disrupção na Comunicação!

Confira o mais recente artigo assinado pelo nosso colunista Nelson Silveira, Diretor de Comunicações da GM, em que o autor discorre sobre o conceito de metaverso e qual será o impacto dele para o ambiente corporativo, uma vez que tende a ser o nosso futuro

Divulgação

A transformação digital foi acelerada de tal forma desde o início da pandemia que tem obrigado os comunicadores a repensar estratégias e formatos, desafiando os alicerces da Comunicação Corporativa. Estamos vivendo há alguns anos a segunda grande onda disruptiva da era digital.  A proliferação das “fake news”, a urgência em endereçar os efeitos do aquecimento global e a crescente exigência de propósito sustentando a narrativa das organizações e marcas têm um impacto brutal na credibilidade dos negócios. Agora entra em cena o metaverso, que promete provocar uma nova disrupção.

Antes de chegar nele, vale lembrar que temas como diversidade, equidade e inclusão, descarbonização têm ocupado o centro das discussões sociais. As organizações e marcas têm sido desafiadas a responder rapidamente às novas exigências que passaram a fazer parte da licença social para operar.

Com o propósito tornando-se motor do mundo corporativo, as organizações têm sido desafiadas a mostrar total transparência em relação aos seus valores e compromissos. A construção das narrativas teve de incorporar elementos emocionais e intangíveis para transformar a experiência do consumidor e criar uma conexão única com os produtos e com a própria marca.

Tenho insistido na mudança de foco do “storytelling” para o “storydoing”. Porque mais que nunca as narrativas construídas pelos comunicadores têm de refletir os valores da organização e das marcas. Elas têm de ser absolutamente genuínas para criar engajamento e conexões legítimas.

E como conectar nossas histórias a esse consumidor cada vez mais disperso em meio à multiplicidade de mídias e canais de comunicação? Onde e como encontrar os potenciais clientes da marca?

No início da era digital, nos anos 2000, surgiu o conceito de omnichannel, que consistia em usar todos os canais de comunicação para melhorar a experiência do cliente e alavancar relacionamento. Essa prática evoluiu para comunicação 360°, em que a eficácia de uma narrativa está diretamente relacionada a capacidade do comunicador em construir assets customizados que possam ser compartilhados e criar conexões com públicos potenciais nos canais onde eles estão interagindo e buscando informações. Isso exige combinar mídia conquistada com mídia paga e usar intensamente os canais proprietários da marca. Só assim é possível criar uma “blitz” de compartilhamento de conteúdo suficientemente poderosa para criar buzz no mercado e engajar os stakeholders que vão garantir o sucesso da empreitada.

Para isso é preciso atravessar fronteiras, sair do óbvio ululante, entender que a experiência virtual já faz parte do jogo e que o mundo não vai voltar ao seu estado pré-pandemia.

É aí que entra o metaverso. O “hype” criado em torno dele não é à toa. Algumas pessoas acreditam que o metaverso é um mundo totalmente conectado, não vários espaços virtuais dispersos. Outros, que ele inclui elementos únicos como eventos virtuais e quando você estiver totalmente imerso em um mundo 3D, você estará no metaverso.

Talvez seja preciso entender que o metaverso será um momento no tempo onde nossa experiência digital terá mais valor que a física. Algo que começou a acontecer há alguns anos e tem se intensificado com a transformação digital. Vejam a importância que experiências digitais têm ganhado recentemente. NFTs, criptomoedas, realidade virtual até itens cosméticos do Fortnite se tornam tendências.

Daí é possível começar a entender como um universo de possibilidades se abre para a Comunicação. E que, cada vez mais, elementos virtuais ou digitais têm de ser incorporados na construção de assets que vão sustentar as narrativas.

Ah, mas nada supera a experiência física, o contato pessoal. Será? Talvez seja preciso um processo de livramento para começarmos a entender que para as novas gerações a vida virtual começa a se tornar mais importante que a vida real. Vivemos em um mundo disruptivo e precisamos começar a entender que embora nosso público-alvo possa não estar no metaverso hoje, muito provavelmente estará em alguns anos. Ou em alguns meses, se levarmos em conta a velocidade das mudanças que estamos vivendo.

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