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Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.
A Gerdau, empresa brasileira produtora de aço, assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço. Atualmente, a emissão de gases de efeito estufa gerados pela empresa representa, aproximadamente, a metade da média global do setor, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). A meta de empresa é diminuir ainda mais.
Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos dez anos, a Gerdau pretende ampliar o uso de sucata ferrosa como matéria-prima para a produção de aço, expandir sua área florestal, responsável pela produção do carvão vegetal, que funciona como biorredutor na fabricação do ferro-gusa, e crescer no uso de energia renovável, como os parques solares já anunciados no Brasil e nos Estados Unidos. A empresa também pretende investir em iniciativas de maior eficiência energética e operacional de suas unidades, em novas tecnologias e inovação aberta.
“Desde sua fundação, há 121 anos, a Gerdau opera com uma matriz produtiva sustentável principalmente à base de reciclagem de sucata e biorredutor, o que sempre a colocou entre as companhias de menor emissão de gases de efeito estufa na indústria do aço globalmente. Acreditamos que precisamos ser protagonistas na busca por soluções e disrupções inovadoras para o processo de descarbonização do planeta, ajudando a moldar o futuro de um setor tão essencial, como o do aço, de maneira cada vez mais sustentável. Ao atingirmos a meta proposta para 2031, daremos um passo importante para a nossa ambição de ser carbono neutro em 2050, mesmo sabendo que a neutralidade na indústria do aço ainda não é algo viável na atualidade. Mas queremos ser parte dessa solução”, afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.
A Gerdau também está anunciando que tem como ambição buscar a neutralidade de carbono em 2050. A empresa ressaltou que a neutralidade em carbono demanda tecnologias maduras, ainda inexistentes em escala industrial, e políticas públicas que possibilitem que a indústria global do aço neutralize as suas emissões de carbono. Neste sentido, a companhia participa ativamente em colaboração com entidades setoriais, universidades e centros de pesquisa na busca de tecnologias disruptivas para a produção do aço e estimula o diálogo e construção conjunta com diversos atores da sociedade para a implantação de iniciativas, como o acesso a linhas de financiamento locais nacionais ou transacionais diferenciadas, provenientes de fontes públicas ou privadas. A companhia acredita que estas linhas serão imprescindíveis em função dos altos valores de investimento necessários para o desenvolvimento de tecnologias disruptivas para que o aço possa ser produzido com baixa emissão de gases de efeito estufa.
Além disso, a Gerdau compreende que a neutralidade em carbono também está atrelada ao aprimoramento de seus processos produtivos e dos investimentos em novas matrizes de energia limpa e renovável. A empresa já deu os primeiros passos nesse caminho, com o anúncio de parques solares em Minas Gerais e da instalação de um parque fotovoltaico em Midlothian, Texas, Estados Unidos. Ambas as iniciativas têm como objetivo fornecer energia limpa para as unidades de produção de aço da Gerdau.
Desde 2011, a empresa vem atrelando os indicadores de sustentabilidade, incluindo emissões de gases de efeito estufa, às metas de dos bônus de longo prazo da alta liderança. Desde o ano passado, 20% do plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP), que remunera executivos por meio de ações da empresa, é calculado com base nas emissões de CO₂e e na porcentagem de mulheres em cargos de liderança a fim de reforçar um ambiente de trabalho comprometido com a evolução de temas de sustentabilidade e levar os temas ambientais, sociais e de governança ainda mais para o centro das tomadas de decisão estratégicas da produtora de aço.