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Solidariedade em meio ao caos

Diante de um cenário repleto de tragédias e catástrofes, empresas se mobilizam para oferecer ajuda humanitária aos que precisam. A Stellantis doou 1 milhão de euros para apoiar civis e refugiados ucranianos, enquanto a Fiat está promovendo a doação de mantimentos para vítimas das chuvas em Petrópolis

Divulgação

Em meio ao caos, empresas se mobilizam para oferecer ajuda humanitária aos que necessitam de apoio.

Por meio de sua Fundação, a Stellantis N.V. doou cerca de 1 milhão de euros em ajuda humanitária para apoiar civis e refugiados ucranianos que foram obrigados a deixar seu país devido à guerra. Em estreita relação com a gestão de suas operações na Ucrânia, a fabricante de automóveis contará com uma ONG local para ajudar a população daquele país com recursos deste fundo.

A Stellantis condena a violência e a agressão e, neste momento de dor sem precedentes, coloca a saúde e a segurança de seus funcionários e familiares ucranianos no centro de suas prioridades”, afirma Carlos Tavares, CEO da Stellantis. “Uma agressão que abalou a ordem mundial já perturbada pela incerteza. A comunidade Stellantis, composta por 170 nacionalidades, acompanha com consternação como os civis são obrigados a deixar o país. Qualquer que seja a escala do conflito, o custo humano será irreparável”.

A Stellantis conta com 71 empregados baseados na Ucrânia, e há uma semana acionou o suporte dedicado 24 horas por dia, 7 dias por semana, a cada um deles, com o intuito de monitorar ativamente sua saúde e segurança desde o início do conflito. Até o momento, todos estão seguros.

 

O Brasil e os refugiados

Foi anunciado pelo Governo brasileiro que nesta segunda-feira (07) um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) aterrissará na Polônia para resgatar brasileiros e ucranianos interessados em vir para o país, uma vez que o Brasil se encontra aberto para receber esses refugiados.

Contudo, apesar da atitude, o Brasil não está preparado estruturalmente e socialmente para realizar esse tipo de ação. Segundo Marcelo Haydu, Diretor Executivo do Instituto Adus – instituto de reintegração de refugiados – o papel do Brasil diante desse cenário ainda é bastante apagado, com muitas falhas e, principalmente, ausente de apoio. “O Brasil ainda tem um papel bastante tímido, bastante omisso em muitos casos. O Governo Federal, a grosso modo, se ocupa do processo de acolhida inicial, de documentação e proteção, além do processo de solicitação de refúgio. Mas quando falamos de receber refugiados, estamos falando necessariamente de políticas de integração local. É necessário que o País esteja estruturado e preparado para receber essas pessoas. É papel do Estado trabalhar para que elas consigam se inserir, se reestruturar e recomeçar suas vidas com dignidade e tranquilidade. Com isso, quero dizer que há um cenário ideal, e a realidade”, diz Haydu.

O Diretor do Instituto Adus ressalta que o que se vê no Brasil são algumas poucas iniciativas em âmbito municipal, mas que se encontram muito distantes do necessário. Ele ainda pontua que, embora fosse dever dos órgãos públicos garantir a realização dessas ações, essa função acaba sendo feita pelas organizações não-governamentais, que nem sempre contam com apoio financeiro. “O pouco que nós vemos de ações práticas visando integração local – e com isso, me refiro a casas de acolhimento, aulas de português, cursos de capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho, ações voltadas à cultura, cuidado com a saúde mental – são realizados por ONGs, e não por órgãos públicos. Isso nos impõe dificuldades como instituição, uma vez que acabamos exercendo um papel que deveria ser do poder público e sem apoio financeiro para isso”.    

Diante disso, Marcelo Haydu não acredita que o Brasil receberá uma quantidade significativa de refugiados ucranianos. O executivo explica que os motivos não se limitam apenas às questões políticas, mas também a uma tendência natural de migração para países mais próximos aos de onde viviam. “Não acredito que o Brasil receberá uma quantidade significativa de ucranianos. Primeiro, por conta da distância física. Segundo, por causa de questões políticas e posicionamento do Governo Brasileiro. Então sem nenhum incentivo e nenhum estímulo, não acredito que eles (ucranianos) queiram vir para cá”.

 

Apoio às vítimas de Petrópolis

Embora pouco presente em ações relacionadas aos refugiados na Ucrânia, o Brasil se revela sensível e solidário em situações de catástrofes como a que ocorreu recentemente em Petrópolis (RJ), por conta das fortes chuvas, e por que não dizer, também pela ausência de uma política pública de habitação adequada. A Fiat, por exemplo, por meio do seu programa Fiat Comunità, vem se mobilizando em solidariedade às vítimas das grandes tempestades que atingiram Petrópolis, com a campanha “A Paixão é Solidária”. A marca está promovendo uma ação de engajamento com seus concessionários na região, incentivando a doação de alimentos e produtos de higiene pessoal e limpeza à população atingida pelas fortes chuvas na cidade fluminense. Junto a essa ação, a Fiat doará mais de 2 mil kits de limpeza, higiene pessoal, alimentação e dormitório.

São 25 concessionárias Fiat, espalhadas pela região do Grande Rio de Janeiro e cidades próximas a Petrópolis, que servirão como pontos de coleta. Todos os mantimentos arrecadados serão encaminhados à concessionária Auto Itália, que está localizada próxima a Petrópolis, responsável pela distribuição das doações.

A Fiat lamenta a perda de cada cidadão de Petrópolis. Nos solidarizamos com cada um deles e buscamos, através dessas ações, levar um pouco de conforto e atenção para ajudá-los a suprir as necessidades básicas. Desejamos fortemente que consigam atravessar este momento que impactou diretamente toda a cidade, mas também todos os brasileiros que acompanharam essa tragédia à distância”, ressalta Herlander Zola, Diretor do Brand Fiat para América do Sul e Operações Comerciais Brasil.