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Brivia Group em ascensão

Com a compra da Heads, uma das maiores independentes da publicidade brasileira, Brivia Group prevê chegar ao fim de 2022 com mais de 450 colaboradores, superar os R$ 200 milhões em receita e buscar melhor posição entre os maiores grupos independentes do setor na América Latina

Divulgação

Claudio Loureiro, CEO e fundador da Heads, e Marcio Coelho e CEO e fundador da Brivia.

Em uma das maiores transações de aquisições do mercado publicitário nos últimos anos, a Brivia formaliza a compra da totalidade da Heads, considerada uma das maiores agências de publicidade do país. O negócio foi conduzido pelos escritórios CMT e BMA Advogados e envolveu o repasse de recursos financeiros e de ações da holding Brivia Group ao até então controlador da Heads, o publicitário Claudio Loureiro, que fundou a agência há 32 anos e se manterá como CEO, passando a integrar o conselho do grupo. A Heads continuará operando com autonomia e receberá aporte para incremento de metodologias e ferramentas tecnológicas. Em seu portfólio de clientes estão Energisa, Banco Original, Positivo, Óticas Diniz, 51, Unidas e 3M.

Nos últimos 15 anos, fomos muito assediados pelos maiores grupos mundiais para negociações semelhantes a essa. Mas o movimento com a Brivia é uma oportunidade de trazer a expertise e a cultura de inovação da Brivia ao ambiente de uma agência tradicional e criativa”, diz Loureiro.

Fundada em Curitiba há 30 anos, a Heads nasceu com o objetivo de competir com grandes players da comunicação. Anteriormente, a agência já havia sido abordada para M&A por diversas agencias e multinacionais do setor publicitário, porém, segundo Claudio, nunca encontraram uma transição que fizesse sentido.

Uma martech fazendo a aquisição de uma agência tradicional é um movimento muito inteligente para os dois lados e é algo que nunca aconteceu no Brasil antes”, diz ele. “Vamos trazer para nossa agência toda uma metodologia, inovação, tecnologia e digital e junto com um parceiro local que tem dono. Isso faz muita diferença porque você resolve todas as questões operacionais com dois telefonemas.”

Com a incorporação da Heads, o Brivia Group prevê chegar ao fim de 2022 com mais de 450 colaboradores, superar os R$ 200 milhões em receita e buscar melhor posição entre os maiores grupos independentes do setor na América Latina. Entre outros grandes grupos independentes controlados pelo capital nacional estão Grupo Dreamers, B&Partners.Co e FlagCX, além de companhias que têm foco principal em consultoria, mas também atuam em comunicação digital, como o Grupo Stefanini. Segundo Márcio Coelho, a Brivia tem outras cinco M&A em vista.

A Brivia foi fundada há 15 anos, chegou a integrar o Grupo Gad, de Luciano Deos, e passou a adotar o nome BriviaDez em 2019, a partir do movimento de fusão com a agência gaúcha Dez Comunicação, anunciada no final de 2018. Ainda no final de 2019, fez uma nova aquisição, da agência A2C, de Santa Catarina. Em março do ano passado, a agência BriviaDez voltou a se chamar apenas Brivia. Com isso, o Brivia Group tem agora três operações: Brivia, Heads e A2C. Segundo o CEO da holding, Marcio Coelho, outros negócios de fusões e aquisições estão em análise.