Logo Logo Logo Logo Logo

O que pensa o eleitor brasileiro?

A segunda pesquisa feita pelo Instituto FSB sob encomenda do BTG Pactual revelou as intensões de voto para as eleições presidenciais de outubro, dados de avaliação de governo, informações sobre o consumo de redes sociais e também como a população enxerga o atual momento da economia brasileira

Divulgação

“Lula segue na liderança, mas sua vantagem diminuiu bastante no último mês. Apesar de ter recuperado parte do eleitorado que votou nele no 2º turno de 2018, Bolsonaro segue com alta rejeição (57%)”, comenta Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

O BTG Pactual divulgou nesta segunda-feira (25) os resultados da segunda pesquisa feita pelo Instituto FSB sobre as intensões de voto para as eleições presidenciais de outubro, dados de avaliação de governo, informações sobre o consumo de redes sociais e também como a população enxerga o atual momento da economia brasileira.

A segunda rodada da pesquisa mostrou que, na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não apresenta os nomes dos candidatos, Lula (PT) foi citado por 36% dos eleitores para o primeiro turno e Bolsonaro (PL), por 30%. Em março, Lula havia sido lembrado por 38% e Bolsonaro, por 27%. Na pesquisa desta segunda-feira, Ciro (PDT) aparecia com 4% das intenções de voto na pesquisa espontânea. Os demais pré-candidatos somavam 4%. Os que não votariam em ninguém ou que votariam em branco ou nulo representavam 10%.

Lula segue na liderança, mas sua vantagem diminuiu bastante no último mês. Apesar de ter recuperado parte do eleitorado que votou nele no 2º turno de 2018, Bolsonaro segue com alta rejeição (57%)”, comenta Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Já na intensão estimulada, quando o entrevistador oferece opções de candidatos, Lula salta para 41%, mantendo Bolsonaro em segundo com 32%. Com a saída do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) da disputa presidencial, Ciro Gomes estava isolado em terceiro, com 9% da preferência dos eleitores entrevistados. O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) estava empatado com o deputado federal André Janones (Avante), marcando 3%. Ao longo do mês, a doma dos candidatos de 3ª via encolheu de 24% para 17%, reforçando a polarização entre o ex e o atual presidente.

A polarização Lula x Bolsonaro também está presente nas redes sociais. Os dois candidatos que lideram as intenções de voto também são mais abordados em conteúdos que circulam pelo WhatsApp”, afirma Tokarski. Segundo a pesquisa, 53% dos eleitores têm recebido no WhatsApp notícias e conteúdos sobre os presidenciáveis.

Segundo André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa, a agenda econômica segue com grande peso para o eleitor. “A pauta econômica é sempre uma das principais de toda eleição. Em momentos de bonança ou de crise. O bolso do eleitor, que sente a inflação e o aumento das dívidas, tem tudo para ser um importante preditivo para outubro”, comenta. Para 62% dos entrevistados, o atual momento econômico do Brasil é de crise a será difícil superar enquanto 32% acreditam que, apesar da crise, o Brasil tem chances de se recuperar. 5% afirmam que o País vive um bom momento econômico.

A pesquisa ainda abordou sobre a avaliação do atual governo. Hoje, 30% do eleitorado avaliam Bolsonaro como ótimo/bom, 19% como regular e 51% como ruim/péssimo, uma discreta melhora em relação há um mês. A pesquisa revela ainda que os brasileiros seguem preocupados com a economia, principalmente em relação ao cenário inflacionário e ao endividamento.

Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre sexta-feira (dia 22) e domingo (dia 24). A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-04676/2022.