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Precisamos falar sobre a questão do aborto

Ao mesmo tempo em que os Estados Unidos reveem sua legislação sobre o tema, as holdings de Comunicação Publicis Groupe, IPG e WPP decidem se posicionar politicamente em relação ao aborto, comunicando que irão custear viagens voltadas a este tipo de atendimento para suas funcionárias

Divulgação

Desde 1973, o aborto foi legalizado nos Estados Unidos, após o resultado do caso "Roe versus Wade".

Após o vazamento da opinião da Suprema Corte Americana que sugeria, em breve, a derrubada da decisão histórica do caso “Roe versus Wade”, de 1973, que culminou na legalização do aborto em todo o país, as holdings de Publicidade e Comunicação, Interpublic Group of Companies (IPG), Publicis Groupe e WPP decidiram se posicionar politicamente em relação ao tema. As três companhias anunciaram que pretendem cobrir os custos de viagens voltadas ao atendimento do aborto para suas funcionárias dos Estados Unidos. Com essas medidas, elas se tornam as mais recentes companhias a atualizar os benefícios de saúde no país.

O IPG está atualizando seus benefícios de saúde nos EUA para fornecer financiamento para viagens que promovam acesso consistente a cuidados de saúde, incluindo assistência ao aborto e outros serviços médicos críticos”, afirmou um porta-voz da holding.

A Publicis também se manifestou publicamente durante uma reunião global logo após o ocorrido na Suprema Corte, na qual reafirmou aos seus funcionários sobre seus benefícios de assistência ao aborto. “Como compartilhamos com nossos funcionários em sessões globais de mesa-redonda, continuaremos a apoiar o acesso à saúde reprodutiva para todo o nosso povo nos EUA – o que inclui apoiar nossos funcionários com viagens para assistência ao aborto, para permitir acesso consistente aos cuidados de saúde e aos recursos necessários”, afirmou uma porta-voz da agência.

Já o WPP enviou um memorado interno aos seus colaboradores nos Estados Unidos, no qual diziam que também custeariam as viagens relacionadas à assistência ao aborto.

Até o momento, as holdings Omnicom Group e Stagwell não se pronunciaram sobre o assunto.