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O que pensa o eleitor brasileiro?

Os resultados da quarta rodada da pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual na corrida eleitoral de 2022 revelou estabilidade nas intensões de votos para as eleições em outubro, porém denunciou novas preocupações que rondam as cabeças dos brasileiros

Divulgação

Os resultados da pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual na corrida eleitoral de 2022 revelou estabilidade nas intensões de votos para as eleições em outubro, porém denunciou novas preocupações que rondam as cabeças dos brasileiros.

Apesar de uma leve melhora na percepção futura sobre a inflação, o cenário eleitoral segue bastante estável. É o que revela a quarta rodada da pesquisa BTG/FSB. Lula (PT) oscilou, dentro da margem de erro, 2pp para baixo, e agora aparece com 44% das intenções de voto, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve os mesmos 32% da rodada anterior. Ciro (PDT) segue com 9% e Simone Tebet (coligação MDB, PSDB e Cidadania) apresentou 2%.

A confirmação de Simone Tebet como candidata da coligação MDB, PSDB e Cidadania e a leve melhora no pessimismo quanto à inflação futura não foram suficientes para alterar as intenções de voto. O cenário segue sem mudanças”, comenta Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, sobre o resultado.

Diferentemente da pesquisa de maio, agora a projeção não indica uma possível vitória de Lula no 1º turno. Nesta rodada, o petista somou 48% dos votos válidos. Pela primeira vez na atual série histórica, a avaliação negativa do governo Bolsonaro ficou abaixo de 50%: a atual gestão manteve 29% de ótimo/bom e agora tem 21% de regular e 49% de ruim/péssimo.

Nas duas últimas semanas, recuou de 70% para 63% o percentual das pessoas que apostam no aumento da inflação nos próximos três meses. A pesquisa mostra ainda que77% dos eleitores brasileiros deixaram de comprar alguma coisa nos últimos três meses em virtude do aumento de preços. E que 55% dos entrevistadores atrasaram o pagamento de alguma conta mensal no mesmo período.

Embora continua bastante negativa, expectativa quanto à inflação no curto prazo ‘despiora’. Resta saber qual será o impacto disso nas intenções de voto daqui para a frente”, ressaltou Tokarski.

Para André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa, a inflação e poder de compra dos salários devem ser decisivos para a decisão do eleitor daqui até outubro. “O voto possui um componente econômico importante. A escolha dos eleitores passa diretamente pela avaliação do bem-estar econômico do país e pela satisfação com o próprio bolso. A pesquisa mostra que grande parte dos brasileiros teve que reduzir o consumo para fechar as contas no final do mês. Mais uma vez a economia deve ser o grande tema das eleições”, afirma.

O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 10 e 12 de junho. A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03958/2022.