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Gotas de esperança

O dia 14 de junho é lembrado como o Dia Mundial do Doador de Sangue. Contudo, dados do Ministério da Saúde revelam que menos de 2% da população brasileira é doadora

Divulgação

“É possível salvar vidas de pessoas, que passaram por intervenções cirúrgicas ou que estão em algum tratamento, como o paciente hematológico ou transplantado, e precisam de transfusão invariavelmente imediata”, afirma Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

O dia 14 de junho é lembrado mundialmente como o Dia do Doador de Sangue. Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade de ser um doador, a data foi escolhida pelos órgãos de Saúde devido ao período de temperaturas mais baixas, férias e feriado. Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os países devem ter entre 3% a 5% de doadores em relação ao número total da população. Contudo, no Brasil, esse percentual é de apenas 1,9%, segundo dados de um levantamento recente realizado pelo Ministério da Saúde.

Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que a doação de sangue é um ato rápido e solidário. “É possível salvar vidas de pessoas, que passaram por intervenções cirúrgicas ou que estão em algum tratamento, como o paciente hematológico ou transplantado, e precisam de transfusão invariavelmente imediata”, afirma.

O Diretor esclarece que, durante essa época do ano, as doações tendem a diminuir. “No Brasil, cerca de 3,5 milhões de pacientes necessitam de transfusões de sangue por ano. A campanha acontece nesse período, para incentivar e fortalecer as ofertas, visto que a falta de estoque em um hospital é capaz de cancelar cirurgias e colocar a vida das pessoas em perigo”, declara.

O especialista reforça o benefício que uma única doação pode trazer. “Em média, os 450ml de sangue que é doado, o que corresponde a uma bolsa de sangue, pode salvar até quatro vidas. Por isso, doar sangue é tão importante e independe do grau de parentesco entre o doador e quem receberá. É de extrema importância manter os estoques sempre abastecidos”, revela.

Para Nelson, divulgar campanhas de doação é fundamental para conscientizar cada vez mais a população. “É uma maneira de sensibilizar e estimular quem já doou a se lembrar da relevância de retornar aos hemocentros para realizar a contribuição ou para incentivar pessoas a efetuarem a primeira doação neste período do ano”, diz.

No Brasil, as pessoas que têm entre 16 e 69 anos, podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é preciso o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, o candidato precisa já ter realizado o procedimento antes de completar 60 anos. É preciso também pesar, no mínimo, 50kg e estar em bom estado de saúde”, conclui o hematologista.

A frequência máxima é de quatro doações anuais, com intervalo mínimo de dois meses para homens, e de, no máximo, três para mulheres.