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Será que o 5G vai facilitar nossa vida?

No programa Consumo em Pauta dessa semana, Angela Crespo recebe Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria em telecomunicações da IDC Brasil, para falar sobre as mudanças que virão com o 5G. Não perca, às 16h, na Rádio Mega Brasil Online.

Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria em telecomunicações da IDC Brasil, é o convidado do Consumo Em Pauta dessa semana

A pauta agora é sobre o consumidor... vem aí, Consumo em Pauta, aqui na Rádio Mega Brasil Online!

 

Será que o 5G vai transformar totalmente a nossa forma de acessar a internet? Será que a quinta geração da Internet móvel vai possibilitar a nós, consumidores, jornadas de compras e de relacionamentos mais personalizadas e acessíveis? Vamos realmente conseguir conectar tudo que está ao nosso redor com o 5G?

Todas estas questões começarão a ser respondidas a partir da chegada do 5G, que está agendada para setembro em todas as capitais e no Distrito Federal. A data anterior de ativação era julho. O adiamento se deu pela “impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original”, explica a Anatel.

Com a mudança de data de ativação, ganhamos mais tempo para conhecer um pouco mais sobre o 5G. Assim, na hora que ele começar a funcionar, possamos usá-lo plenamente. E são muitos os brasileiros que ainda têm dúvidas sobre esta nova tecnologia móvel.

Pesquisa recente do IDC Latin America mostra que, “apesar de apenas 36% dos brasileiros dizerem que conhecem bem o 5G, 84% acreditam que ele irá transformar totalmente a maneira como consumimos dados”, destaca Luciano Saboia. Ele é gerente de pesquisa e consultoria em telecomunicações da IDC Brasil, empresa de inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

No programa Consumo em Pauta, Saboia detalha os resultados desta pesquisa, assim como de uma segunda, que apresenta as percepções do segmento B2B da América Latina sobre a chegada do 5G à região. Os primeiros insights já demonstram que a falta de entendimento sobre o real potencial do 5G pode gerar uma grande limitação às companhias no que se refere à evolução digital no Brasil.

 

O que pensa o consumidor sobre o 5G

Na pesquisa com o consumidor, a IDC Brasil apurou que para 82% dos brasileiros o 5G deve transformar totalmente a maneira como consomem vídeos (streaming). Já 74%, entretanto, concordam que a tecnologia mudará completamente a forma como trabalham, mesmo percentual que acredita na transformação do modo de comprar online.

Na sequência, 72% acham que a nova tecnologia modificará o jeito de jogar e 71% o de estudar. “Foi uma surpresa ver como as pessoas imaginam usar o 5G em suas rotinas, já que 44% dos entrevistados esperam utilizá-lo com aplicações de realidade virtual e aumentada. Só que essas tecnologias demandam software e hardware específicos. Streaming (39%), vídeos em redes sociais (38%) e games (29%) completam a lista", conta Saboia.

 

Brasileiro migrará para o 5G

Outros dados relevantes trazidos pela pesquisa são que apenas 22% dos entrevistados brasileiros afirmaram que certamente migrarão para um plano 5G nos próximos 12 meses, enquanto 42% deverão migrar e o restante não tem certeza ou não fará a troca. “Entre aqueles que não estão interessados na substituição do plano, as justificativas principais estão relacionadas aos seus aparelhos atuais. Isso porque, 39% estão felizes com seus dispositivos não-aptos à tecnologia e 34% trocaram de smartphone recentemente e teriam que mudar mais uma vez. Para 22%, o motivo para não fazer o upgrade está relacionado a um possível custo adicional”, revela Saboia.

O analista da IDC Brasil explica ainda que há também uma preocupação dos consumidores sobre a segurança de seus dados pessoais. Esse número se reflete justamente por dois terços dos entrevistados brasileiros (67%), que afirmaram já restringir a utilização de determinados aplicativos em razão do tráfego gerado de dados. “Os incidentes de segurança em smartphones já impactaram 15% dos brasileiros e 14% dos entrevistados dos outros países da América Latina. Com mais serviços e mais conectividade, a tendência é que esse número aumente”, diz Saboia.

A pesquisa, realizada entre o fim de abril e começo de maio, revela também que atualmente 85% dos consumidores brasileiros que exercem alguma atividade profissional são responsáveis pelos seus próprios planos móveis, apesar de 67% terem aplicativos de trabalho instalados em seus aparelhos pessoais. Apenas 7% dos planos de telefonia são pagos por empregadores e 4% por terceiros (amigos, familiares etc.).

Este levantamento do IDC faz parte da LATAM Consumer Future of Connectedness Survey. Foram ouvidas mais de 3 mil pessoas em toda a América Latina, sendo 723 brasileiros. O objetivo do estudo é compreender as expectativas dos consumidores pela chegada da conectividade sem fio de quinta geração.

 

E as empresas?

Pelo lado das empresas, a segunda pesquisa do IDC sobre o 5G, aponta que mais de 80% das empresas brasileiras vislumbram somente oportunidades de conectividade. Isso é uma pequena parte do poder transformacional do 5G. “As alternativas de solução de conectividade sem fio de quinta geração podem suportar os desafios modernos de aumentar a densidade de tráfego de dados dos dispositivos. Assim como reduzir as despesas operacionais com a automação, melhorar a confiabilidade das informações, reduzir a latência para aprimorar a experiência do cliente e proporcionar inovações de serviços, entre muitos outros. Porém, percebemos que estamos ainda distantes dessa maturidade”, destaca Saboia.

Um outro tema abordado pela pesquisa foi o futuro do trabalho. Novamente a conectividade se destacou. Questionados sobre os principais benefícios que os dispositivos trarão para seus negócios, 88% dos entrevistados no Brasil concordam que o 5G será importante para conectar devices e 80% afirmam que será usado para conectar os escritórios, demonstrando a importância da mobilidade para a força de trabalho.

Em seguida, 61% afirmaram que a tecnologia será importante para descentralizar data storage e aplicativos e 59% para fazer streaming de vídeos em HD. Com percentuais bem menos expressivos, aparecem controle de robôs e equipamentos autônomos (29%), assinatura digital (25%), gerenciamento e monitoramento remoto de pacientes (12%) e conectar veículos (4%).

 


O programa Consumo em Pauta é apresentado pela jornalista Angela Crespo todas as segundas, às 16h, com reapresentações as terças, às 09h, e as quintas, às 19h, na Rádio Mega Brasil Online.

O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.