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A relação entre o Metaverso e a Comunicação Corporativa

Confira o mais recente artigo escrito por Juliana Garcia, CEO da IDEIACOMM, no qual a autora estabelece uma relação entre o Metaverso e a Comunicação Corporativa, e como isso pode influenciar o posicionamento das organizações

Como em outros momentos da evolução tecnológica global, a vida parece imitar a arte ou, em se tratando do Metaverso, o mercado buscou inspiração no universo da ficção científica para quebrar novos paradigmas.

Conceito lançado pela primeira vez no romance “Snow Crash”, do escritor americano Neal Stephenson, o Metaverso, sem dúvidas, tornou-se o principal tópico de debates quando pensamos nas rotas fluidas da transformação digital e se refere, de modo bem objetivo, a construção de ambientes virtuais imersivos baseados em tecnologias emergentes como realidade aumentada e inteligência artificial.

De acordo com dados da consultoria Statista, já em 2021, o Metaverso movimentou o expressivo valor de US$ 38,8 bilhões globalmente, montante que deve chegar a mais de US$ 47 bilhões esse ano e crescer em um ritmo impressionante até 2030, quando pode atingir o pico de investimentos na casa de US$ 678,8 bilhões em todo o mundo.

E os impactos da bola da vez da tecnologia chegam às mais diversas áreas e segmentos mercadológicos – da Educação à Moda; do Varejo ao setor de Comunicação. Refletindo sobre esse último tópico, é interessante perceber como o Metaverso descortina novas possibilidades no campo da Comunicação Corporativa e no Marketing, mudando toda a dinâmica das organizações.

Em uma análise recente da Ernst & Young sobre as potenciais transformações do ambiente de negócios propiciadas pelo Metaverso, aliás, a companhia aponta a necessidade de investimentos em infraestrutura focadas em conexão e comunicação como a primeira etapa para que uma empresa possa implementar a virtualização (e todos os seus benefícios) como uma realidade em sua cultura interna.

Já no plano das tendências para a comunicação organizacional e para o diálogo das empresas com seus consumidores e stakeholders, levando em conta o acompanhamento de diferentes estudos, é possível traçar pelo menos três movimentos principais capazes de mudar a rotina de profissionais, das áreas de Marketing e da relação entre marcas e clientes.

 

Experiências imersivas e possibilidades disruptivas para o posicionamento de marca

O ponto mais destacado quando pensamos na relação entre Comunicação, Marketing e Metaverso envolve, justamente, a possibilidade da criação de novas experiências dentro de cenários que rompem os limites entre o físico e o digital.

Nesse sentido, de interações mais fluidas entre colaboradores, passando pela construção de eventos com o uso de recursos narrativos e avatares até o uso de NFTs e realidades virtuais em ativações de marca; o que se espera é que o Metaverso favoreça o engajamento nas organizações e crie, também, novas relações de consumo em que a experiência do cliente é elevada a outro patamar.

 

A quebra de barreiras no marketing digital e um novo universo para as redes sociais

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o Metaverso abre espaço para estratégias de marketing digital que combinem não só recursos de áudio, vídeo, texto e realidade aumentada, mas na qual o consumidor se torna um verdadeiro protagonista de storytellings e narrativas em ambientes virtualizados que unem marcas e consumidores.

Ademais, com os investimentos de redes como o Facebook (Meta) no Metaverso, toda a dinâmica das mídias sociais pode se transformar em termos de anúncios, da criação de conteúdo e, novamente, do modo como empresas e clientes interagem.

 

A consolidação dos ambientes híbridos de trabalho e de uma comunicação phygital

O Metaverso pode ser ainda o passo que faltava para a consolidação dos ambientes híbridos de trabalho e, consequentemente, para uma Comunicação Corporativa que deve considerar uma realidade phygital, em que o físico (e presencial) e o virtual se fundem. Tal estratégia, exige das empresas o uso de recursos, soluções e conectividade para possibilitar uma comunicação mais ágil entre equipes de trabalho – as quais não dependem mais dos muros de um escritório para conduzirem projetos em conjunto.

Por fim, nesse momento em que o Metaverso ainda está em fase inicial de maturação no mercado brasileiro, o ideal é que as organizações estudem a fundo e não percam o passo dessa tendência. Como vimos dentro do contexto de pandemia, empresas que tinham projetos mais avançados de transformação digital foram mais resilientes para enfrentar o ambiente de crise econômica. E, como toda tecnologia capaz de mudar toda uma conjuntura econômica, ganharão aqueles que souberem se antecipar e aplicar o potencial do Metaverso dentro de contextos que façam sentido para o seu negócio.

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