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A primeira repórter indígena na TV

Luciene Kaxinawá (foto) é a primeira repórter indígena da TV brasileira. Descobriu a vocação para o jornalismo aos 14 anos, passou pela Amazon Sat, Rede Amazônica, afiliada da Globo, e Sic TV, afiliada da Rede Record, até chegar à CNN Brasil, que lhe trouxe visibilidade nacional na cobertura da pandemia. Hoje, ela integra uma Rede de Jovens Comunicadores e estará no 25º Congresso Mega Brasil, no painel Comunicação – a nova arma dos povos originais da Amazônia.

Luciene Kaxinawá é a primeira repórter indígena da TV brasileira. Ela faz parte de uma geração de jovens comunicadores indígenas que vem ocupando os meios digitais de comunicação para revelar a verdadeira Amazônia, seus desafios, conflitos e cultura.

A jovem Luciene Kaxinawá é a primeira repórter indígena da TV brasileira. Ela descobriu sua vocação para o jornalismo aos 14 anos, em sua aldeia, norte do Brasil e na fronteira com o Peru, ao ser entrevistada por uma repórter da Amazon Sat. Correu atrás do sonho, trabalhou como menor aprendiz na Rede Amazônica, afiliada à Rede Globo, onde conheceu toda a estrutura em torno da produção de TV, até se tornar repórter e produtora, e também passou pela Sic TV, filiada à Rede Record. Enfrentou desafios pessoais de falar diante das câmeras, muitas outras dificuldades e limites impostos à indústria da informação sobretudo àquela que se propõe a atuar nos rincões do País, até que chegou à CNN Brasil, que lhe deu destaque nacional durante a cobertura da pandemia do novo coronavírus, à época em que a doença devastava a população amazonense.

Hoje, ela integra a Rede de Jovens Comunicadores da Coiab – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, mas, de forma independente, faz trabalhos para muitas publicações, como Vogue, projeto Earth News Terra, comandado pelo jornalista Lourival Sant’Anna, entre outros. Luciene Kaxinawá, ou Ibatsai Kaxinawá, no dialeto Pano, estará no 25º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, no painel que traz como tema Comunicação – a nova arma dos povos originais da Amazônia. O painel, mediado por Leão Serva, Diretor de Jornalismo da TV Cultura, terá a participação de Cassuça Benevides jornalista que trabalha há mais de dez anos em projetos de comunicação ligados à mídia na Amazônia. E atualmente coordena a comunicação do Instituto Kabu, dos Kayapó Mekrãgnotí do sudoeste do Pará; Erick Terena, jornalista, especialista em etnomídias e um dos fundadores da Mídia Índia; Juliana Radler, idealizadora da Rede Wayuri, do ISA – Instituto Socioambiental do Rio Negro; além da própria Luciene Kaxinawá.

O painel quer apresentar as pautas e os desafios desta nova geração dos povos originais da Amazônia, que descobriu nos meios de comunicação digitais, uma importante arma na defesa de seus interesses e na preservação de sua cultura. Nestes anos pandêmicos e de severas mudanças climáticas, o mundo voltou seus olhos para a maior floresta tropical do Planeta, responsável, entre outras coisas, pelo fenômeno dos chamados “rios voadores”, que estabelecem as correntes de umidade e regime de chuvas ao Sul do continente. A ocupação desenfreada e irregular de terras, invasão de reservas indígenas, extração ilegal de minério, a derrubada indiscriminada de árvores e o desmatamento ilegal, colocaram a Amazônia debaixo dos holofotes da mídia e da sociedade internacional.

A mobilização desses jovens indígenas, como Luciene Kaxinawá, Erick Terena, Txai Saruí, Sâmela Satarê Mawê, entre tantos outros, revelou para os olhos do mundo, o drama e o risco que corre este verdadeiro continente amazônico e, por consequência, todos nós. Neste momento da história, em que temas como ESG, redução e captura de carbono na atmosfera, ocupam as pautas das organizações no Brasil e no mundo, o estreitamento das relações com este mundo tão próximo, mas ao mesmo tempo tão distante, se faz necessário e estratégico. Necessário e estratégico para a preservação da floresta e da diversidade que nela habita, necessário e estratégico para a sobrevivência dos negócios, necessário e estratégico para a nossa sobrevivência enquanto espécie inteligente que, antes de explorar outros mundos, deveria se empenhar em tornar este mais justo, próspero, equilibrado e acolhedor.

O painel Comunicação – a nova arma dos povos originais da Amazônia acontece nos dia 18 de agosto, às 11 horas, no 25º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, na Unibes Cultural, em São Paulo. Clique aqui para participar do evento.