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Jô Soares foi responsável por inúmeras peças de teatro, filmes, livros e programas de TV.
Faleceu na madrugada desta sexta-feira (5) o apresentador, humorista, ator e escritor Jô Soares. O apresentador do Programa do Jô estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, onde deu entrada para tratar de uma pneumonia. Quem anunciou o falecimento foi Flávia Pedra, ex-mulher de Jô, e foi confirmado em nota pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês.
“Aqueles que através de mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebram, façam um brinde à sua vida”, escreveu Flavia em um post no Instagram.
José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, nasceu em 16 de janeiro de 1938 na cidade do Rio de Janeiro. Filho único de uma família rica que perdeu a fortuna, Jô falava seis idiomas, estudou na Suíça e Estados Unidos e queria se tornar Diplomata. Foi nos anos 60 que abandonou seus planos para se dedicar à vida artística.
A primeira aparição de Jô na televisão aconteceu em 1956, como parte do elenco da Praça da Alegria, na época na RecordTV, onde ficou por 10 anos. Ele fez parte do roteiro e elenco da Família Trapo nos anos 60 e, nos anos 70, participou dos programas satíricos Faça Humor, Não Faça Guerra e Planeta dos Homens, na Rede Globo.
Nos anos 80, Jô foi o pioneiro do formato talkshow no Brasil com a estreia do Viva o Gordo, seu primeiro programa solo, que contou com a direção de Walter Lacet e Francisco Milani. Em 1988, o humorista estreou no SBT com o Veja o Gordo, no mesmo formato, e, mais tarde, entrou o Jô Soares Onze e Meia, que foi ao ar até 1999. De volta à Rede Globo nos anos 2000, Jô comandou o Programa do Jô até 2016, quando se aposentou.
No cinema, Jô fez parte de inúmeros filmes, com destaque para O Rei do Movimento (1854), Amante muito Louca (1973), O Pai do Povo (1976), Cidade Oculta (1986), A Dona da História (2004) e Giovanni Improtta (2013).
Como escritor, Jô foi responsável pelas obras Os dilemas do Fantasma e do Capitão América (1972) — capítulo no livro Shazam!, de Álvaro de Moya; O Astronauta Sem Regime (1983); Humor Nos Tempos do Collor (1992); A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994); O Xangô de Baker Street (1995); O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998); Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005); As Esganadas (2011); O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 1 (2017); e O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 2 (2018).
A causa da morte e detalhes sobre velório e enterro não foram divulgados.