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O que pensa o eleitor brasileiro?

Instituto FSB divulga os resultados da oitava rodada da pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022, encomendada pelo banco BTG Pactual. A pesquisa traz as análises acerca das intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro, bem como a avaliação do atual Governo e informações da economia e inflação brasileiras

Divulgação

A 8ª rodada de pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022 mostrou que Combustíveis mais baratos, gastos sociais turbinados, melhora na percepção acerca da economia e da inflação brasileiras por parte da população faz reduzir a vantagem do ex-Presidente Lula em relação ao atual Presidente, Jair Bolsonaro.

Combustíveis mais baratos, gastos sociais turbinados, melhora na percepção acerca da economia e da inflação brasileiras por parte da população faz reduzir a vantagem do ex-Presidente Lula em relação ao atual Presidente, Jair Bolsonaro. É o que dizem os dados da 8ª rodada de pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa para o banco BTG Pactual. Foram divulgadas, ainda, as intenções de voto para as eleições presidenciais em outubro e avaliação do atual Governo.

Passadas três semanas após o Governo anunciar a diminuição no preço dos combustíveis e a aprovação da PEC Emergencial, o Presidente Jair Bolsonaro apresentou uma queda em sua taxa de rejeição, que foi de 58% para 53%, ao mesmo tempo em que suas intenções de voto subiram, tanto no 1º turno quanto no 2º turno, e a avaliação de seu Governo melhorou.

Bolsonaro apresentou um aumento de 31% para 34% em suas intenções de voto, ao passo que seu principal oponente, o ex-Presidente Lula, recuou de 44% para 41%. Com isso, a vantagem do petista em relação ao atual Presidente diminuiu de 13pp para 7pp em duas semanas, sendo considerada a menor diferença da série histórica da Pesquisa BTG/FSB, que teve início em março deste ano. Em uma simulação de 2º turno, Lula também perdeu 3pp, ficando agora com 51%, contra 39% de Bolsonaro, que subiu 3pp.

Às vésperas do começo oficial da campanha eleitoral, Jair Bolsonaro parece ter deixado para trás o seu momento mais crítico. Nos próximos meses, é importante acompanhar como a disputa se desenrola na região Sudeste, o maior colégio eleitoral do país, onde há hoje um empate técnico entre os principais candidatos”, disse André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

A pesquisa também mostrou que a avaliação do Governo Bolsonaro apresentou melhoras, chegando a uma taxa de aprovação de 40% pela primeira vez desde o final de março (antes, a taxa era de 36%). Em um período de pouco mais de quatro meses, as avaliações negativas do governo diminuíram de 53% para 44%.

Essa melhora na avaliação do Governo, e consequentemente nas intenções de voto em Bolsonaro, pode ser atribuída, em parte, à melhora da percepção dos brasileiros acerca da economia e, principalmente, da inflação, após as medidas sociais adotadas pelo atual Governo. Esta última rodada de pesquisa mostrou que hoje, apenas 44% dos eleitores acreditam que os preços continuarão subindo nos próximos três meses (no final de maio, essa porcentagem era de 70%), enquanto que a taxa de brasileiros que percebeu a redução no preço dos combustíveis subiu de 54% para 63%. Essas variáveis econômicas são muito importantes, uma vez que 74% dos eleitores afirmaram que a economia é crucial para a definição do voto para Presidente.

Pela primeira vez em semanas, tivemos mudanças substanciais no quadro eleitoral. A redução no preço dos combustíveis e as medidas sociais deram novo fôlego ao candidato-Presidente Jair Bolsonaro, que melhorou em alguns segmentos, como nos evangélicos, na classe média e nos estados da região Sudeste”, avaliou Marcelo Tokarski, Sócio-Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

O cenário eleitoral atualmente “polarizado” numa disputa política entre Lula e Bolsonaro praticamente invisibiliza os demais candidatos à presidência. Contudo, é importante ressaltar que a pesquisa também apresentou que os candidatos Ciro Gomes e Simone Tebet vêm logo atrás, com 7% e 3% das intenções de voto, respectivamente.

Vale destacar que Ciro Gomes é um forte candidato de oposição à Lula e Bolsonaro em um possível cenário de 2º turno. Se a disputa fosse entre Lula e Ciro, o petista ainda venceria por uma diferença de 47% contra 32%. Entretanto, se a disputa fosse entre Bolsonaro e Ciro, o atual Presidente perderia por uma diferença de 48% para 41%.

Simone Tebet, por sua vez, em um eventual cenário de 2º turno, não venceria Lula nem Bolsonaro, porém, levando em conta a recente oficialização de sua candidatura à presidência no TSE, tendo como vice Mara Gabrilli, pode acender um aumento em suas intenções de voto, uma vez que estaríamos diante de uma chapa 100% feminina e possivelmente muito focada nas questões de Inclusão.

O Instituto FSB entrevistou, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 05 e 07 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08028/2022.

Para acessar o relatório completo da pesquisa, com todos os dados e segmentações, basta clicar no link.