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Natália Viana, Fundadora da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo.
Nunca se discutiu tanto sobre a responsabilidade do jornalismo como atualmente. Como uma profissão que tem contato direto com as pessoas, ela tem passado por constantes mudanças, se adaptando e reinventando para caber em uma sociedade cada vez mais instantânea, digital e participativa no que diz respeito a discussões sociais. Se antes quem possuía o poder de informar e o controle da informação eram os jornais impressos, a televisão e o rádio, hoje esses meios de comunicação já não conseguem acompanhar a velocidade da era digital.
Com isso, é inevitável que os veículos mais tradicionais da comunicação sofram com um processo de remodelação, no qual novos profissionais, com novas ideias e formas de falar com a audiência, ganhem mais espaço. Profissionais esses que buscaram se transformar junto com a atividade e entender as tendencias que tomam conta da área.
“A última década viu uma explosão de meios digitais, seja aqueles de nicho, seja de jornalismo comunitário ou de jornalismo investigativo, como a Agência Pública”, explica Natália Viana, Fundadora da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo. “Esses novos atores estão revolucionando a comunicação e competindo com marcas mais consolidadas, atingindo públicos que antes eram pouco servidos ou que são jovens e estão chegando agora ao consumo de notícias.”
Para Mateus Netzel, Diretor-executivo do Poder 360, novas tecnologias são o principal motor das grandes transformações do jornalismo nas últimas décadas. “A maneira como as pessoas se relacionam está sendo transformada pelo mundo digital e isso afeta todos os aspectos do jornalismo: tanto a maneira como se produz informação, quanto principalmente a maneira como as pessoas consomem essas informações”, afirma.
O profissional expliquei que a disponibilidade de dados e as ferramentas para acessá-los ampliaram enormemente as possibilidades de pautas e apurações e a forma de acessar as fontes também mudou com a comunicação digital. “Mas o que mais se transformou foi a forma como o público se relaciona com o jornalismo. O público tem acesso facilitado a uma quantidade infinita de informações e pode prescindir do jornalismo profissional para buscá-las. E quando consome jornalismo, o faz de uma maneira muito diferente”, conta.
“As transformações são uma tentativa de responder a esse novo cenário, que exige a criação contínua de novos formatos de conteúdo, novos modelos de negócio e uma preocupação permanente das empresas e dos jornalistas com os meios de alcançar o público – o que não precisava acontecer na mesma intensidade num cenário de meios consolidados: TV, rádio e o impresso”, finaliza.
A dupla Natália Viana e Mateus Netzel se juntam à 25ª edição do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, no painel “As novas vozes do Jornalismo e seu impacto no mundo empresarial”. O encontro está marcado para o dia 19 de agosto, a partir das 15h50, na Unibes Cultural, um dos espaços culturais mais emblemáticos de São Paulo e do Brasil. Mediado por Daniel Bruin, Presidente da Abracom, o painel ainda recebe Lilian Tahan, Diretora-executiva do Metrópoles, de forma online remota.
Jornalista e escritora, Natália foi reconhecida por prêmios como Vladimir Herzog de Direitos Humanos (2005/2016/2020), Comunique-se (2016/2017), Troféu Mulher Imprensa (2011/2013, Gabriel García Márquez (2016) e Ortega y Gasset (2020). Em 2016, foi a jornalista brasileira mais premiada. Em 2019, sua série Efeito Colateral, sobre civis mortos pelo Exército, foi finalista do prêmio Shining Light Award, da Rede Global de Jornalistas Investigativos. Em 2018, foi reconhecida como empreendedora social da rede Ashoka e passou a integrar o Conselho Reitor da Fundação Gabriel García Márquez.
Já Mateus, é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP), iniciou sua carreira no Poder360 como repórter, na cobertura do Congresso Nacional. Participou de investigações internacionais como Panama Papers e Paradise Papers. Foi editor-assistente e secretário de Redação antes de assumir a direção executiva.
A 25ª edição do Congresso Mega Brasil tem como tema central “Diversidade, Conectividade, Credibilidade – A Era da Comunicação Transformadora” e marca o retorno do evento ao modelo presencial, que acontecerá seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários definidos pelas autoridades brasileiras. O Congresso contará com um número limitado de participantes, em um único ambiente de discussão – o auditório principal da Unibes Cultural. As inscrições para participar do evento podem ser feitas clicando neste link.
Apoiadores do Congresso
Como em todas as edições anteriores, o Congresso Mega Brasil deste ano conta com importantes apoios que não apenas viabilizam a iniciativa, mas também permitem que ela possa ser oferecida por valores muito abaixo de eventos semelhantes no mercado.
A edição de 2022 tem o apoio de: General Motors, Gerdau, Boxnet, Trama Comunicação, OEC, Iguá Saneamento, EMS, Energisa, MRV, Samsung, SAP, Hotmart, Janssen, McDonald’s, Philip Morris, MSL Andreoli, LATAM Airlines, Sinapse e XP Inc.
Apoio Institucional: Unibes Cultural, ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas), Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), CONRERP 2ª Região São Paulo e Paraná, ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos), ABCPública e Fantástico Mundo RP.