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O que pensa o eleitor brasileiro?

A 9ª rodada da pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual mostrou estabilidade na corrida eleitoral de 2022, com uma pequena recuperação do ex-presidente Lula (PT), que cresceu 4 pontos após a desistência de André Janones (Avante)

Divulgação

A 9ª rodada da pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual mostrou estabilidade na corrida eleitoral de 2022, com uma pequena recuperação do ex-presidente Lula (PT), que cresceu 4 pontos após a desistência de André Janones (Avante).

Foi divulgada a 9ª rodada da pesquisa feita pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual sobre a corrida eleitoral de 2022. Após a desistência de André Janones (Avante), que até então tinha 2% das intenções de voto, e tendo atraído alguns eleitores indecisos ou que falavam em anular seus votos, o ex-presidente Lula (PT) cresceu 4pp na última semana e voltou ao patamar de 45%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou estacionado nos 34%. Com isso, a diferença entre os dois, hoje, está em 11pp. Na simulação de 2º turno, Lula foi a 53%, enquanto Bolsonaro oscilou de 39% para 38%.

Desde a primeira rodada da pesquisa, Lula e Bolsonaro possuem perfis de eleitores bem definidos. Até o momento, as variações são sutis e a disputa segue estável em quase todas as personas. Com o começo oficial da campanha eleitoral, é preciso acompanhar mais de perto as flutuações na região Sudeste, onde a disputa, hoje, se encontra empatada”, resume André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Lula segue mais votado entre quem recebe o Auxílio Brasil e entre os beneficiados indiretamente. O governo começou o ciclo de pagamento da primeira parcela de R$ 600,00 na última terça-feira, dia 9. O calendário de pagamento segue até o dia 22. Segundo Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, por enquanto, a diferença de Lula sobre Bolsonaro entre quem recebe o benefício continua bastante confortável. Só nas próximas semanas será possível ver se haverá mudança nesse segmento. Porém, ainda é cedo para dizer que benefício de R$ 600,00 não trará dividendos eleitorais para o presidente Bolsonaro.

A pesquisa indica que, em princípio, o efeito positivo que a redução nos preços dos combustíveis poderia ter na intenção de voto de Bolsonaro em grande parte já se realizou: o percentual dos que perceberam a baixa do valor nas bombas ficou estável em quase 2/3 do eleitorado (64%). E também não cresceu a fatia do eleitorado que enxerga no governo federal a paternidade da redução.

A pesquisa traz ainda um dado importante: apesar da melhora do quadro inflacionário, apenas 21% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira individual melhorou nos últimos 30 dias. Outros 44% dizem que permaneceu igual e 34% dizem que ela piorou. Ou seja, uma fatia importante do eleitorado ainda não sentiu efeitos positivos no próprio bolso.

Assim, a avaliação do governo Bolsonaro interrompeu sua trajetória de melhora e estabilizou-se em 33% de ótimo/bom, 21% de regular e 44% de ruim/péssimo. A taxa de aprovação do jeito de governar do presidente também não voltou a melhorar. “Após recuperar parte da imagem na esteira da redução da inflação e da aprovação do pacote de benefícios sociais, governo deixa de receber novos apoios. Bolsonaro tem 33% de ótimo/bom e 34% de intenção de voto. Para voltar a crescer na corrida eleitoral, precisará convencer os 21% que consideram sua gestão regular”, resume Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto e está registrada no TSE sob onúmero BR-00603/2022.