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Imprensa e sociedade

Mateus Netzel, Natália Viana e Olivia Meireles se reúnem à 25º edição do Congresso Mega Brasil no painel “As novas vozes do Jornalismo e seu impacto no mundo empresarial”, que aconteceu no dia 19 de agosto, na Unibes Cultural em São Paulo

Divulgação

Mateus Netzel, Natália Viana e Olivia Meireles se reúnem à 25º edição do Congresso Mega Brasil no painel “As novas vozes do Jornalismo e seu impacto no mundo empresarial”, que aconteceu no dia 19 de agosto, na Unibes Cultural em São Paulo.

A mesa redonda Imprensa e sociedade fechou a 25º edição do Congresso Mega Brasil, que aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto em formato presencial, na Unibes Cultural. Sob o tema “As novas vozes do Jornalismo e seu impacto no mundo empresarial”, o painel contou com as presenças de Mateus Netzel, Diretor-executivo do Poder 360, e Natália Viana, Fundadora da Agência Pública, além da presença remota de Olivia Meireles, Editora do Núcleo de Reportagens Especiais do Metrópoles, que substituiu a Diretora-executiva Lilian Tahan.

Sob mediação de Daniel Bruin, Presidente da Abracom, cada jornalista teve a oportunidade de contar um pouco sobre a fundação de seus jornais online e como cresceram exponencialmente em seus respectivos nichos.

Quem abriu o bate-papo foi Olivia Meireles, que contou a história do Metrópoles. O jornal brasiliense surgiu da necessidade de ter um veículo confiável e online, para que mais pessoas pudessem ter acesso. Segundo Olivia, o grande marco do jornal foi o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Era uma cobertura que a gente não ia fazer, não era uma cobertura local, mas estávamos exatamente há cinco quilômetros da esplanada dos ministérios”, ela conta.

Assim, a redação do Metrópoles a agência de noticias ingressou de vez no mundo do jornalismo político, conquistando o público do Centro-oeste e se tornando líder regional em apenas um ano. “E nós quisemos ir também para outros mares, para navegar em outros lugares. A gente acabou investindo bastante e nos nacionalizamos pela parte do entretenimento.” Ela vê a expansão do nicho como uma expansão da marca do jornal, que possibilitou a entrada de outros grandes nomes do jornalismo político para a equipe como Guilherme Amado, Igor Gadelha, Ricardo Noblat e Rodrigo Rangel.

Hoje temos como meta nos consolidar como um grande veículo que cobre e que consegue concorrer com os grandes veículos tradicionais na questão de política nacional”, Olivia pontua. Segundo a executiva, além do projeto de expansão, o Metropoles ainda investe em novos jornalistas e trabalhos, que é possível por causa da facilidade e pouca burocracia dentro da empresa.  

O Poder 360 tem uma história parecida com o do Metropoles. Fundado por Fernando Rodrigues, o veículo é um projeto digital e independente que cobre as áreas de poder, que envolve política, economia, tecnologia, mídia, e outras áreas que tem alguma relação os temas. Quem apresentou o projeto no Congresso Mega Brasil foi o Mateus Netzel, o segundo a falar no painel. Segundo o jornalista, o veículo desenvolveu um proposito que se resume em três frases: aperfeiçoar a democracia, apurar a verdade dos fatos e informar e inspirar.

A redação do Poder 360, que conta com cerca de 40 profissionais, no começo do ano conseguiu se consolidar e ultrapassar jornais tradicionais como Estadão e Valor Econômico em questão de audiência. Para ele, isso reflete como um novo jornalismo. “A gente tem uma clareza muito grande da nossa função e da função que o jornalismo profissional precisa ter e desempenhar para o sucesso da sociedade como um todo.” Para o jornalista, o trabalho do veículo é uma contribuição do que seria uma sociedade melhor no Brasil e aperfeiçoar a democracia.

Natália Viana, que entrou logo depois do Mateus, trouxe a visão da Agência Publica e o trabalho autônomo que o veículo faz. A agência nasceu em 2011 como uma organização sem fins lucrativos, que busca fomentar e divulgar o jornalismo investigativo, com a perspectiva de que o jornalismo é um serviço público e necessário. “Nós decidimos começar no formato agência para focar no jornalismo de qualidade e que fosse espalhado por outros sites”, Natalia explica. Além de difundir a informação, outros veículos também compartilham o conteúdo produzido pela agência.

A executiva explica sobre a forma que a Agência Pública produz conteúdo buscando inovar e transformar dentro do projeto, como o Fact Check, o modelo de checagem de noticias que foi um dos primeiros no Brasil. “Além disso, graças a nossa perspectiva de ajudar novas organizações e o jornalismo brasileiro a se transformar e se tornar mais diversos, nós passamos a encubar e apoiar outras iniciativas de jornalismo.”

Natália Viana também trouxe para a mesa redonda algumas das ações da Agência Publica para mostrar ao público o tipo de novo jornalismo que está sendo construído do Brasil, como a Associação Brasileira de Jornalismo Digital (AJOR), uma rede de startups nativas-digitais de informação, além de formatos inovadores como quadrinhos, aplicativos, exposições artísticas, etc. “Quando você fala em anuncio ou apoio, importa muito o engajamento do publico e o resultado do conteúdo que você está apoiando”, ela explica. Para a executiva, esse cenário mais diverso contribui para reflexão sobre quais os impactos e mudanças isso causa na sociedade.

Após a palestra dos três profissionais, a mesa redonda abriu espaço para as perguntas do público, que questionou desde os formatos utilizados no ambiente digital até a forma de escolher pautas que fossem de interesse público.

O painel “As novas vozes do Jornalismo e seu impacto no mundo empresarial” estará disponível, na integra, no canal da Mega Brasil no YouTube a partir do dia 9 de setembro.