Logo Logo Logo Logo Logo

O que pensa o eleitor brasileiro?

Instituto FSB divulga os resultados da 11ª rodada da pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022, encomendada pelo banco BTG Pactual. A pesquisa traz as análises acerca das intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro logo após as sabatinas no Jornal Nacional e o início do horário eleitoral gratuito. Também apresenta a avaliação do atual Governo e informações a respeito da economia e inflação brasileiras

Divulgação

A 11ª rodada de pesquisa realizada pelo Instituto FSB apontou uma estabilidade na perspectiva econômica e pouca mudança na corrida eleitoral, mesmo após as sabatinas do Jornal Nacional e o início do horário eleitoral gratuito.

Entre os dias 22 e 26 de agosto, o Jornal Nacional recebeu, a cada dia, os candidatos à presidência da República para participar das sabatinas pré-eleições. Estiveram presentes no telejornal global os candidatos Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes e Simone Tebet, um por um respondendo aos questionamentos, apontando soluções e fazendo promessas de campanha durante os 40 minutos de entrevista. E, o que se viu nesta 11ª rodada de pesquisa realizada pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual, logo após as sabatinas do Jornal Nacional e do início do horário eleitoral gratuito, foi uma estabilidade na perspectiva econômica e pouca mudança na corrida eleitoral.

A pesquisa mostrou que os dois líderes, Lula e Bolsonaro, se mantiveram estáveis – dentro da margem de erro – enquanto apenas Ciro Gomes apresentou um crescimento de 3pp, ao passo que Simone Tebet oscilou positivamente, também dentro da margem.

Ainda na liderança, Lula oscilou 2pp para baixo – no limite da margem de erro – estando agora com 43% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, se manteve nos mesmos 36% da semana anterior. Com isso, a diferença entre os dois candidatos recuou de 9pp para 7pp, e tornou mais distante uma possível vitória do candidato petista logo no 1º turno. Até o momento, o cenário eleitoral indica a realização de dois turnos.

Lula mantém a liderança, mas, assim como Bolsonaro, parece não ter ganhado mais votos com a ida ao Jornal Nacional. Apesar de 53% dos eleitores dizerem que podem votar no petista, só 43% votam no 1º turno. Já no 2º turno contra Bolsonaro, ele vai a 52%, realizando quase todo esse potencial. Por sua vez, Bolsonaro segue com rejeição estável em 55%, o que tem freado seu crescimento”, comenta Marcelo Tokarski, Sócio-Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Os dados estáveis dos indicadores de potencial de voto e de rejeição de Lula e de Bolsonaro, após a jornada de entrevistas no Jornal Nacional, diz muito sobre esta eleição: as preferências cristalizadas e intensas dos eleitores dá pouco espaço para que eventos midiáticos alterem a corrida eleitoral”, analisa André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Em contrapartida, a exposição no Jornal Nacional parece ter trazido boas novas para Ciro Gomes e Simone Tebet, uma vez que o candidato do PDT ampliou sua intenção de votos – indo de 6% para 9% - e a candidata do MDB também subiu de 3% para 4%.

A estabilidade no cenário eleitoral pode, em boa parte, ser explicada pela percepção dos eleitores em relação à economia brasileira. Dados acerca do otimismo em relação ao país e, principalmente, em relação à inflação variaram pouco se comparados à semana anterior, deixando a corrida presidencial também bastante estável.

Bolsonaro permaneceu estagnado porque não se viu confirmar como tendência uma melhora entre os beneficiários do “Auxílio Brasil”, segmento em que, apesar do aumento para R$ 600,00, Lula voltou a ampliar sua liderança. Além disso, cerca de 75% dos eleitores, embora estivessem à par da redução no preço dos combustíveis, não reconheceram a ação como algo do Governo Bolsonaro.

Em uma semana, houve pouca variação sobre como o eleitorado vê a conjuntura econômica do país. Tanto a avaliação do presente, quanto a estimativa sobre o futuro da economia, seguem as mesmas para os brasileiros. Para o eleitor, não há novidades para cogitar mudança de voto”, explica André Jácomo.

Por fim, com relação à avaliação do atual Governo a pesquisa mostrou uma estabilidade em 34% nos que consideram o Governo “ótimo/bom” e em 45% nos que consideram “ruim/péssimo”. Já com relação ao atual Presidente, as pesquisas mostraram uma leve oscilação de 38% para 40%, mesmo patamar do início do mês.

Há três semanas, as taxas de avaliação e de aprovação do Governo Bolsonaro estão estáveis. Em tentativas de reeleição, essa é uma variável muito importante. Hoje, o predomínio de avaliações negativas é um impeditivo para o crescimento do candidato Bolsonaro, que precisa ter seu Governo reconhecido por mais eleitores. Para isso, sua campanha aposta no horário eleitoral”, explica Marcelo Tokarski.

O Instituto FSB entrevistou, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 26 e 28 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE, sob o número BR-08934/2022.

Para acessar o relatório completo da pesquisa, com todos os dados e segmentações, basta clicar no link.