Logo Logo Logo Logo Logo

O que pensa o eleitor brasileiro?

Instituto FSB divulga os resultados da 12ª rodada da pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2022, encomendada pelo banco BTG Pactual. A pesquisa traz as análises acerca das intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro logo após o início do horário eleitoral gratuito e do primeiro debate entre os presidenciáveis. Também apresenta informações a respeito da economia e inflação brasileiras

Divulgação

Instituto FSB divulga os resultados da 12ª rodada de pesquisa acerca do cenário eleitoral de 2022.

Passada uma semana do início do horário eleitoral gratuito e do primeiro debate entre os candidatos à presidência, o cenário da corrida eleitoral se apresentou bastante estável. É o que dizem os resultados da 12ª rodada de pesquisa realizada pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual.

A mais recente pesquisa do Instituto FSB mostrou uma certa estabilidade no cenário eleitoral. Lula oscilou -1pp e agora tem 42%, enquanto Jair Bolsonaro oscilou -2pp, aparecendo com 34%. Ciro Gomes, por sua vez, interrompeu sua escala de crescimento e agora tem 8%, após oscilar em -1pp. Já Simone Tebet foi a única candidata a apresentar um crescimento por duas semanas consecutivas, uma vez que, inicialmente, tinha 3% e subiu para 4% e agora aparece com 6%.

Com o crescimento de 15% para 17% dos candidatos da chamada 3ª via, consolida-se, hoje, a necessidade de um 2º turno na eleição. Há duas semanas, Lula tinha 49% das intenções de votos válidos; semana passada foi para 46% e agora está com 45%, ficando cada vez mais distante de uma eventual vitória já no 1º turno. Numa disputa hoje, mais provável em 2º turno, Lula teria 53% e Bolsonaro, 40%.

Lula e Bolsonaro seguem liderando e, a quatro semanas do 1º turno, estão muito bem encaminhados para voltar a se enfrentar em 30 de outubro. Com o crescimento de Ciro há duas semanas, e uma nova evolução de Simone Tebet, a 3ª via subiu de 11% para 17% em duas semanas. Não é o suficiente para ameaçar os dois líderes, mas é para reduzir a chance de definição no 1º turno”, afirma Marcelo Tokarski, Sócio-Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Quando se fala em potencial de voto, a pesquisa mostrou que Lula, Bolsonaro e Ciro ficaram totalmente estáveis. A única movimentação relevante foi a de Simone Tebet, que há duas semanas tinha 16%, depois foi para 21% há uma semana, e agora alcançou 28%, sendo considerado o melhor retorno em exposição midiática. Já no que diz respeito à rejeição, o candidato do PT subiu de 45% para 46%, enquanto o atual Presidente permaneceu em 55%.

A pesquisa também avaliou o impacto que o início das campanhas eleitorais gratuitas na TV e no rádio trouxeram para a população. Cerca de 57% dos eleitores afirmaram já ter assistido ou ouvido algo. Para os que votam em Bolsonaro, não faz diferença ter ou não assistido aos programas eleitorais, uma vez que o candidato à reeleição apareceu com os mesmos 34% entre os que foram e não foram impactados pelo horário eleitoral. Já o ex-Presidente aparece como bem mais votado (45%) entre aqueles que foram impactados pelo horário eleitoral do que entre aqueles que não foram (37%). O mesmo pode ser observado para Simone Tebet, que, conforme já fora mencionado, alcançou 28% de potencial de voto, após sua exposição na mídia.

O horário eleitoral na TV e no rádio ainda possui relevância. Mas muitos eleitores já estão certos de seus votos e o espaço midiático parece ajudar mais os candidatos que possuem maior desconhecimento, como Simone Tebet. A antecipação do voto parece reduzir a possibilidade de maiores efeitos do horário eleitoral”, analisa André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Por fim, a pesquisa também trouxe uma análise da economia e inflação brasileiras. De acordo com os resultados, mais da metade dos eleitores ainda acredita que a economia está com dificuldades de se recuperar. Cerca de 1/3 dos brasileiros seguem apostando na inflação – a mesma fatia que acredita na redução dos preços.

O início de uma trajetória de recuperação da economia, com aumento do emprego e inflação mais controlada, já foi percebido pelos eleitores nas últimas semanas, mas a melhora da percepção se estagnou. E, nesse período, o Presidente Jair Bolsonaro não tem capturado mais apoio em função desse cenário, o que levou a uma estabilidade da corrida eleitoral”, explica Marcelo Tokarski.

O Instituto FSB entrevistou, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 02 e 04 de setembro de 2022. A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE, sob o número BR-01786/2022.

Para acessar o relatório completo da pesquisa, com todos os dados e segmentações, basta clicar no link.