Enio Bernardes, diretor da Sintex, é o convidado do Consumo Em Pauta dessa semana
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Você sabe se o chuveiro que está instalado na sua casa é elétrico ou eletrônico? Sabe a diferença entre um e outro?
“Apesar de ambos os modelos apresentarem mecanismos parecidos, têm diferenças consideráveis. A principal é a regulagem da temperatura”, explica Enio Bernardes, diretor da Sintex, fabricante de chuveiros, torneiras e duchas.
No Brasil, acrescenta Bernardes, o modelo mais comum é o elétrico. Este possui três regulagens de temperatura - inverno, verão e desligado -, que garantem água quente, morna ou fria. Entretanto, é imprescindível que o aparelho esteja desligado para fazer a troca de temperaturas e, assim, não comprometer a vida útil do aparelho.
O chuveiro eletrônico, por sua vez, geralmente tem uma haste móvel. É ela que possibilita a regulagem maior do calor da água. Sem contar que a mudança da temperatura pode ser feita com o equipamento ligado, durante o banho. “Outra diferença é que você pode regular a temperatura do zero, o que é positivo nos dias quentes, por exemplo. Enquanto no chuveiro elétrico o aquecimento já parte de 15 graus, geralmente - e essa temperatura se soma ao calor da água na caixa -, no eletrônico é possível ter mais conforto com uma regulagem maior, evitando água muito quente no verão”, reforça o executivo da Sintex.
Consumo chuveiro eletrônico e elétrico e a gás
Em termos de economia, o chuveiro eletrônico é uma boa aposta para quem pensa na redução do consumo de energia elétrica. Isso porque a temperatura parte do zero e aumenta gradualmente até o ponto desejado, evitando aquecer a água em excesso. Na posição “verão” do chuveiro elétrico, por exemplo, o consumo de energia para que a água atinja a temperatura de 10ºC é de 14kWh, na média. Na ducha eletrônica pode-se aquecer a menos de 10°C.
“A escolha por um dos modelos depende das necessidades e prioridades da pessoa. Se ela busca mais segurança e maior controle da temperatura, a opção ideal seria o chuveiro eletrônico. Porém, se praticidade e economia na hora da compra estão no topo da lista de importância, o melhor caminho é o chuveiro elétrico tradicional”, pontua Enio.
Quanto ao consumo de água, os chuveiros elétricos e eletrônicos gastam 50% menos do que os modelos a gás. A explicação do especialista é que é preciso esperar a água aquecer para entrar no chuveiro a gás, o que gera desperdício. Para se ter uma ideia da diferença de consumo, um chuveiro a gás consome uma média sete litros de água por minuto. O elétrico ou eletrônico, por sua vez, 3,5 litros por minuto. “A economia de água é algo que transcende o valor que se paga por esse líquido tão indispensável. É um bem que está ficando caro por conta da sua escassez – e é preciso de imediato adotar medidas que auxiliem na sua renovação”, alerta Enio Bernardes.
Suavizando o bolso
Adotar o uso de equipamentos que auxiliam na economia de água também é uma forma de ter práticas sustentáveis. Nas torneiras, o uso de arejadores são alternativas eficientes. “Durante a lavação de louças e escovação dos dentes, o equipamento proporciona uma economia média de 30% de água”, comenta Bernardes.
O arejador é um dispositivo que pode acompanhar o equipamento ou ser vendido separadamente e instalado, conforme a compatibilidade, na saída da torneira. Sua principal função é misturar ar à água que vem pelo encanamento, reduzindo o fluxo, mas mantendo a sensação do volume de escoamento. Como o consumo de água de uma torneira depende da pressão do lugar que ela está instalada, a economia com o uso do arejador também pode variar. “Nos testes do nosso laboratório constatamos que em uma torneira abastecida pela caixa d’água, o consumo é em torno de 4,5 litros por minuto. Já quando a água vem da rede, o consumo é de 7 litros por minuto”, diz. Há também arejadores para chuveiros.
O programa Consumo em Pauta é apresentado pela jornalista Angela Crespo todas as segundas, às 16h, com reapresentações as terças, às 09h, e as quintas, às 19h, na Rádio Mega Brasil Online.
O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.