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A 13ª rodada de pesquisa divulgada pelo Instituto FSB traz uma análise da corrida eleitoral após os atos políticos ocorridos no dia 7 de Setembro.
Passada quase uma semana desde os atos políticos ocorridos no último dia 7 de Setembro (data que marca o dia da Independência do Brasil), o que se viram foram poucas mudanças no cenário da corrida eleitoral, o qual continuou estável. É o que mostram os resultados da 13ª rodada de pesquisa realizada pelo Instituto FSB para o banco BTG Pactual.
O feriado de 7 de Setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil, foi marcado por diversos atos políticos em várias capitais do país, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e a grande maioria deles praticados pelo Presidente Jair Bolsonaro.
A mais recente pesquisa divulgada pelo Instituto FSB nesta semana mostrou que nem mesmo as ações políticas ocorridas no 7 de Setembro alteraram significativamente a corrida presidencial, uma vez que o quadro eleitoral permaneceu bastante estável, com todos os candidatos oscilando dentro da margem de erro.
Em um cenário de 1º turno – tanto no espontâneo quanto no estimulado – a vantagem de Lula sobre Bolsonaro é, atualmente, de 6pp, considerada a menor da série histórica iniciada no fim de março. Lula foi de 42% para 41%, enquanto Bolsonaro pulou de 34% para 35%. Já Ciro Gomes foi de 8% para 9%. Simone Tebet, por sua vez, também apresentou crescimento de 1pp, indo de 6% para 7%.
Com as oscilações positivas dos candidatos Bolsonaro, Ciro e Tebet, a soma de todos eles, exceto Lula, chega à 53% - 12pp a mais do que o ex-Presidente. Diante disso, o petista aparece agora com 44% dos votos válidos, o que indica uma necessidade de um 2º turno na eleição presidencial. Três semanas atrás, Lula tinha 49%; há duas semanas, recuou para 46%; 45% na semana passada; e agora, 44%, indicando a probabilidade cada vez maior de uma segunda rodada de votação.
Contudo, se o cenário eleitoral de 1º turno se encontra apertado, numa possível simulação de 2º Lula aparece com uma vantagem de 13pp em relação à Bolsonaro. Tanto o ex-Presidente quanto o atual oscilaram 2pp para baixo, e têm hoje 51% e 38%, respectivamente. Tal quadro apresenta poucas mudanças porque as taxas de rejeição dos dois principais candidatos seguem estáveis, com Bolsonaro oscilando de 55% para 56% e Lula oscilando de 46% para 47%.
“Após os atos do 7 de Setembro, pouca coisa mudou, todas as oscilações foram dentro da margem de erro. Embora a diferença entre Lula e Bolsonaro tenha oscilado de 8pp para 6pp no 1º turno, na simulação de 2º turno a distância se manteve em 13pp a favor do petista. E os números confirmam a tendência cada vez mais provável de termos 2º turno: Lula tem hoje 44% dos votos válidos”, comenta Marcelo Tokarski, Sócio-Diretor do Instituto FSB Pesquisa.
A pesquisa também mostrou que, pela primeira vez, o percentual de eleitores decididos de sua intenção de voto superou 80%, sendo os eleitores de Bolsonaro (89%) e os de Lula (86%) os mais certos de seus votos. Atualmente, somente 17% deles admitem que podem mudar de opinião até o dia da eleição.
“Uma das razões para as eleições presidenciais de 2022 apresentarem um quadro quase estático está na certeza de voto. Mesmo antes do início oficial das campanhas, o número já era bastante alto. No momento, a possibilidade de os eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet migrarem seus votos até o 1º turno é uma das poucas variáveis que podem alterar o jogo até o dia da eleição”, explica André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.
A corrida eleitoral segue sem grandes novidades, principalmente porque a percepção dos eleitores em relação à economia, bem como ao desempenho do Governo Bolsonaro, permaneceu mais uma semana sem melhoras significativas. A avaliação referente ao Governo até obteve uma melhora discreta, voltando ao patamar do início de agosto, porém, a forma com que o atual Presidente governa continua sendo desaprovada pela maioria dos eleitores (56%). Faltando três semanas para o 1º turno, o que se vê é que, provavelmente, apenas fatos novos teriam a capacidade de alterar o quadro eleitoral de maneira mais intensa e acelerada.
“A três semanas do 1º turno, o Presidente Jair Bolsonaro vê pouca melhora na avaliação do Governo e na taxa de aprovação da sua forma de governar. Essa relativa estabilidade é, hoje, uma das barreiras que impede que mais eleitores cogitem votar pela reeleição do Presidente, o que mantém bastante estáveis os cenários de intenção de voto no 1º e no 2º turnos”, diz Marcelo Tokarski.
O Instituto FSB entrevistou, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 09 e 11 de setembro de 2022. A margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE, sob o número BR-06321/2022.
Para ter acesso ao relatório completo da pesquisa, com todos os dados e segmentações, basta clicar no link.