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Indústria publicitária em luto

Devido a morte da Rainha Elizabeth II no último dia 08 de setembro, emissoras de TV e plataformas do Reino Unido interromperam a veiculação de anúncios publicitários por alguns dias, em respeito ao luto. Empresas foram aconselhadas a adiar suas ações de comunicação

Divulgação

Plataformas de mídia, veículos de comunicação e anunciantes imediatamente interromperam suas ações publicitárias, que estavam programadas em homenagem à monarca.

O reinado de 70 anos da Rainha Elizabeth II, o mais longevo da história do Reino Unido, chegou ao fim no último dia 08 de setembro monopolizando os noticiários e a mídia de todo o planeta. Logo após a confirmação da morte de Elizabeth II, que aconteceu no Castelo de Balmoral, na Escócia, aos 96 anos, ao lado dos membros da família, a indústria da Comunicação britânica rapidamente reagiu.

Plataformas de mídia, veículos de comunicação e anunciantes imediatamente interromperam suas ações publicitárias, que estavam programadas em homenagem à monarca.

A ITV, maior emissora de TV comercial do Reino Unido, interrompeu a exibição de todos os intervalos comerciais até o fim do dia 09 (sexta-feira), para deixar a grade de programação totalmente voltada à cobertura dos desdobramentos da morte da Rainha e dos impactos do fim de seu reinado para o Reino Unido e para o resto do mundo.

O Channel 4 também suspendeu temporariamente de sua programação toda a publicidade e as mensagens de patrocinadores. O mesmo fez a Bauer Media, uma das maiores emissoras de rádio da Inglaterra.

 

Twitter e outras plataformas também interrompem anúncios

A morte da Rainha Elizabeth II também provocou alterações no cronograma de negócios das plataformas digitais. O Twitter, por exemplo, informou que desativaria toda a veiculação de anúncios publicitários no Reino Unido nas 48 horas seguintes à confirmação da morte da Rainha. O Snapchat também teria anunciado ao mercado publicitário britânico uma interrupção na veiculação.

Os ambientes digitais de alguns veículos também optaram por seguir o protocolo, como o The Daily Mail, que deixou de veicular anúncios em seu site, deixando espaço apenas para o noticiário.

A Clear Channel, uma das maiores empresas de mídia out-of-home do Reino Unido, interrompeu a exibição de anúncios em todas as suas faces, em respeito ao falecimento de Elizabeth II, segundo declarou a empresa, em comunicado. Já a JCDecaux, outra empresa global de OOH, continuou a exibir anúncios em suas telas, porém, informou que não incluirá nenhuma nova mensagem publicitária pelos próximos dias, mantendo somente as que já estavam programadas.

De acordo com o The Drum, especializado no mercado de Comunicação, vários profissionais de agências foram procurados por anunciantes para pedir conselhos a respeito do que fazer neste momento em relação às suas veiculações de publicidade. Segundo publicação divulgada pelo veículo, grande parte das agências vem aconselhando as marcas a interromperem ou adiarem suas ações devido ao atual momento. Há ainda uma expectativa de que, nos próximos dias, os dados de impacto de audiência e de visualização de anúncios e mensagens apresentem uma queda, uma vez que as notícias sobre o funeral e a nova configuração da Família Real – agora sob o comando do Rei Charles III – monopolizem as atenções do público.