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O que pensa o eleitor brasileiro?

Há menos de duas semanas do 1º turno das eleições, Lula (PT) cresce três pontos com indicativo de voto útil, enquanto Bolsonaro (PL) fica estável; 2º turno ainda é tendência. É o que revela a Rodada 14 da pesquisa eleitoral feita pelo Banco BTG em parceria com o Instituto FSB Pesquisa

Divulgação

Há menos de duas semanas do 1º turno das eleições, Lula (PT) cresce três pontos com indicativo de voto útil, enquanto Bolsonaro (PL) fica estável; 2º turno ainda é tendência. É o que revela a Rodada 14 da pesquisa eleitoral feita pelo Banco BTG em parceria com o Instituto FSB Pesquisa

A Rodada 14 da pesquisa eleitoral feita pelo Instituto FSB Pesquisa em parceria com o Banco BTG Pactual trouxe mudanças em relação a rodada anterior. Há menos de duas semanas do 1º turno das eleições de 2022, a chamada Terceira Via encolheu de 19% para 14% dos votos totais ao longo da última semana. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) oscilaram 2 pontos para menos cada um e agora tem 7% e 5%, respectivamente. Os demais candidatos de menor porte oscilaram de 3% para 2% do total de votos.

Segundo a pesquisa, o maior beneficiado desse possível movimento de voto útil foi o ex-presidente Lula (PT), que foi de 41% para 44%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneceu nos mesmos 35%. Apesar disso, Lula segue distante da eventual possibilidade de vitória no 1º turno: a soma dos votos válidos subiu de 44% para 47%, indicando ainda a necessidade de um 2º turno no dia 30 de outubro. Nessa simulação, Lula aparece com 52% e Bolsonaro, com 39%.

O crescimento do petista se deu com maior intensidade entre os eleitores mais jovens e também entre as mulheres. “Em uma eleição estável, estamos vendo, semanalmente, poucas flutuações nas segmentações de voto. O perfil do eleitor de cada candidato não se alterou, mesmo com o começo da campanha eleitoral. Nos perfis onde há diferenças, elas ficaram mais acentuadas. É um sinal da polarização e das cristalizações das preferências destas eleições”, explica André Jácomo, Diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Na batalha de rejeições, Jair Bolsonaro viu a sua cair de 56% para 55%, seguindo no mesmo patamar ao longo de quase dois meses, enquanto a de Lula interrompeu uma trajetória de lenta alta acumulada por três semanas e recuou de 47% para 45%.

A batalha de rejeições está sendo decisiva nesta eleição: enquanto a rejeição a Lula crescia, mesmo que lentamente, Bolsonaro vinha conseguindo encurtar a desvantagem em relação ao líder nas pesquisas. Mas o ex-presidente conseguiu frear essa tendência de aumento e conquistou eleitores da chamada 3ª via, voltando a ampliar um pouco a vantagem, que hoje está em 9 pontos”, comenta Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

No campo da economia, seguem estáveis as percepções do eleitorado, com discreta piora do pessimismo em relação à inflação pela segunda semana consecutiva. Também não houve alterações significativas nas intenções de voto entre os eleitores impactados, direta ou indiretamente, pelo Auxílio Brasil de R$ 600,00. Esses dois movimentos podem indicar que os efeitos eleitorais das medidas econômicas e sociais do governo podem ter se esgotado.

O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias16 e 18 de setembro. A pesquisa está registrada no TSE sob onúmero BR-07560/2022.