Logo Logo Logo Logo Logo

Cartão vermelho para o racismo

Itaú se une à CBF na ação “Sem estrelas”, que visa debater o racismo no futebol. Desenvolvida pela Africa, a iniciativa ressalta o papel dos jogadores negros na história do futebol brasileiro, sem os quais não teria sido possível a conquista dos cinco títulos mundiais

Divulgação

Além da tarja cobrindo as cinco estrelas na camisa, os jogadores também posaram em frente a uma placa com os dizeres “sem os nossos jogadores negros, não teríamos estrelas em nossa camisa”.

No último dia 27 de setembro, o Brasil enfrentou a Tunísia pelo último amistoso antes de embarcar rumo à Copa do Mundo. E o início da partida foi marcado pela ação “Sem estrelas”, uma união entre o Itaú e a CBF, durante a execução do hino nacional brasileiro.

Desenvolvida pela Africa, a ação consistiu nos jogadores entrando em campo com uma tarja escondendo as cinco estrelas que o país carrega na camisa pelos seus títulos mundiais. Com essa iniciativa, o Itaú visa levantar um debate sobre o papel fundamental que os jogadores negros tiveram, e tem, na história do futebol brasileiro, além do fato de que, sem eles, esses títulos não poderiam ter sido conquistados.

Os jogadores também posaram em frente a uma placa com os dizeres “sem os nossos jogadores negros, não teríamos estrelas em nossa camisa”. A ação foi explicada pelo narrador Galvão Bueno, da Globo, junto com os comentaristas Ana Thais Matos e Maestro Júnior durante a partida.

Infelizmente, porém, essa mesma partida também foi marcada por um episódio de racismo contra o jogador Richarlison que, durante a comemoração de um gol marcado, foi chamado de macaco após a torcida arremessar uma banana no campo. O técnico da seleção brasileira, Tite, lamentou o ocorrido durante a entrevista coletiva. “Futebol não vale tudo, e local de estádio não é para fazer o que se quer. O processo de educação e de punição, ele tem que ser também dentro de estádio, também com torcida”, disse.

No outro amistoso da seleção brasileira que ocorreu no dia 23 de setembro, a Mastercard – outra patrocinadora da CBF – também aproveitou a ocasião para levar uma mensagem que reforçava o seu compromisso com os jogadores e com a identidade nacional.

Já na partida do dia 27, os jogadores entraram em campo com uma faixa escrita “Celebrar como brasileiro não tem preço”, que tinha como objetivo enfatizar a cultura e a personalidade brasileiras, além de reforçar o compromisso com o país. A mesma mensagem também foi exibida em telões de LED e nas placas de campo.