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Será uma guerra de imagem de marca

Como grande estrategista militar e conhecedor de política internacional que sou, sinto-me totalmente preparado para comentar a iminência de nova guerra mundial. #sqn

O ataque americano ao aeroporto em Bagdá, para eliminar o general Qasem Soleimani, matou ao menos oito pessoas. Imagino que incluindo civis (não achei mais referências). Foram três mísseis. Apenas dois explodiram. O Irã disse que responderia com muita força, colocou medo em todo mundo mas, até agora, deu o troco bombardeando apenas bases militares americanas no Iraque. O que em termos de "guerra" faz parte do jogo; é mais aceitável do que matar civis em um ato praticamente "terrorista".

Trump ameaçou atacar 52 alvos iranianos, muitos importantes para a história e cultura local. Mas ontem declarou que "foi avisado" que isso seria crime de guerra (nunca entendi como uma guerra pode ter aspectos não criminosos, mas tudo bem) e voltou atrás: "Não quero infringir nenhuma lei internacional", disse o oompa-loompa.

A teoria de que iniciativas militares americanas desse tipo servem para se defender contra o terrorismo não cola mais há algum tempo. Em meio a sanções econômicas dos EUA, o presidente do Irã anunciou, em novembro passado, a descoberta de um campo petrolífero de 53 bilhões de barris.

Nessa dualidade mundial, cada vez mais intensa, entre o bem e o mal (sendo que o mal sempre são os outros), me parece que esta será uma guerra com muitos cuidados de imagem. Donald (não o pato, o presidente) já posa de malvado há muito tempo. O Irã passa longe de ser aceito como bonzinho. O primeiro passo rumo à crítica mundial este ano quem deu foi os EUA, ao bombardear país alheio e matar civis. A resposta iraniana foi estritamente militar. Depois, Trump desistiu de desrespeitar leis de guerra. Estariam os dois líderes medindo os atos?

Quem dará o próximo passo rumo ao julgamento moral mundial? Quem perderá mais pontos em seu brand equity?

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