Um abraço protetor no Pantanal

Nove meses depois de aderir ao projeto Felinos Pantaneiros, criado e liderado pelo Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), que busca a conservação da biodiversidade do Pantanal, por meio da proteção e preservação da Onça Pintada, a General Motors colhe os frutos desta iniciativa. A companhia conquista do prêmio Torque Awards, na categoria “Best Community Relations/Social Impact”. O anúncio foi feito no último dia 3 de novembro pela matriz da GM, em Detroit.

Sobre a iniciativa, Nelson Silveira, Diretor de Comunicação Estratégica da General Motors América do Sul, afirma que sua importância vai além do Pantanal, pois tem um efeito global. “Ao reconhecer esse projeto, o Prêmio também reconhece a importância desses biomas em termos globais. No momento em que os impactos do aquecimento global avançam, que nós vemos cada vez mais mudanças climáticas extremas acontecendo ao redor do mundo, é que entendemos que a preservação das florestas e da biodiversidade tem um impacto extremamente importante para a redução das emissões de carbono”, diz o executivo.

A preservação do Pantanal é fundamental para o ecossistema e equilíbrio do regime hídrico no Centro-Oeste e Sudeste brasileiro. De fato, aquele território de 250 mil quilômetros quadrados de extensão é considerada a maior planície alagada contínua do mundo, ocupa parte dos estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de países vizinhos como o Paraguai e Bolívia. No entanto, a maior parte do Pantanal está no Brasil e abrange 140.000 km² do nosso território.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), organização sem fins lucrativos que atua na região do Pantanal há 20 anos, criou em 2016 o projeto Felinos Pantaneiros, que tem como objetivo executar ações de manejo para minimizar problemas causados pela predação de gados por grandes felinos e práticas que visem a harmonia entre produção e conservação. Em março de 2022, a General Motors passou a apoiar o projeto do IHP, com vistas a dar suporte a este projeto de conservação da biodiversidade da região. A importância do projeto desenvolvido pelo Instituto Homem Pantaneiro muda uma cultura predatória que vinha crescendo e colocando em risco a sobrevivência do maior felino das Américas: a onça pintada. O avanço do agro negócio nesses dois importantes estados brasileiros – Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – fez crescer o entendimento da onça pintada como uma ameaça aos rebanhos e, como tal, deveria ser caçada. O comportamento chegou a ameaçar o equilíbrio ambiental. Contudo, a ação do projeto Felinos Pantaneiros reverteu esta tendência, trazendo uma sensível melhora na harmonia da região. Hoje, já se verifica uma redução de 35% de perdas de bovinos em fazendas que participam do projeto e utilizam técnicas para o afastamento da onça sem que a mesma seja ferida.

Outra medida importante, destacada por Nelson Silveira, é a criação de um selo de biodiversidade do IHP em conjunto com a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos - a ABPO. “A estimativa é que ele [o selo] agregue 25% de valor na carne produzida em fazendas que protegem as onças-pintadas. Você vai ter um produto já de qualidade, orgânico, que já tem um valor agregado em si, e vai agregar mais 25% de valor nesse produto por que ele é produzido em regiões onde há coexistência pacífica. [...] É um ganha-ganha para o agronegócio e para a sustentabilidade no planeta”, confirma ele. O executivo da General Motors reforça, ainda, a importância da participação da montadora em iniciativas como esta, que atestam seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação. “Hoje, nós vivemos num mundo em que valor e propósito são motores no mundo corporativo. [...] A sustentabilidade, o meio-ambiente, a questão social e a questão da governança fazem parte da cultura da organização GM”, afirma.

Nelson Silveira é o entrevistado desta semana no programa Comunicação S/A, da Rádio/TV Mega Brasil Online. Para ouvir a íntegra do podcast clique aqui. Disponível, também, no Spotify.